domingo, 27 de junho de 2010

Os Limites da Paciência (2)

Mais uma semana que passou sem que os utentes da EN2, que atravessa o Concelho do Sardoal, vejam finalmente resolvido um problema que se arrasta há já algum tempo e que se prende pelo mau funcionamento da sinalização que controla os fluxos de tráfego nos cruzamentos que possui. De entre os três cruzamentos, o que encerra maior grau de perigosidade é aquele que controla o tráfego junto à Zona Industrial do Sardoal.

No artigo anterior, para além de descrever as variáveis que conferem ao cruzamento, atrás referido, um grau de perigosidade que permitem classificá-lo de "cruzamento mortal", referi que alguém estaria a gozar com os utentes daquela via e, consequentemente, com os Sardoalenses. Nesta lógica andava a gozar comigo.

(Eis o estado dos semáforos instalados no “Cruzamento da Morte”, no dia de hoje pelas 9:00 e depois de uma semana em que sempre assim estiveram.)



Aqui chegados, concluo que "mais uma semana passou em que alguém continuou a gozar comigo, sem que para tal estivesse por mim autorizado. NÃO GOSTEI!"

A quem poderão ser imputadas responsabilidades pelos acidentes mortais que ali possam vir a acontecer?

Através de uma breve pesquisa na Internet é possível perceber que a Câmara Municipal de Sardoal já denunciou o facto ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, ao Ministro das Obras Públicas, ao Governador Civil, etc. Resultados?

Uma nova busca pela Internet e descobri dois potenciais responsáveis: o Presidente e o Vice-Presidente do Instituto de Estradas de Portugal. Este último responsável pela Direcção de Conservação e Manutenção da Delegação Regional do Distrito de Santarém.

Vamos conhecê-los e "tentar" não olhar para os seus cartões de militantes do Partido Político que os nomeou para tais cargos.

Presidente: Almerindo da Silva Marques

Data de Nascimento: 20 de Dezembro de 1939
Habilitações académicas: Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras no ano de 1969.
Actividade profissional: Presidente do Conselho de Administração da Radiotelevisão Portuguesa, S.A.. desde Julho de 2002, e da Radiodifusão Portuguesa, S.A. desde Outubro de 2002. Administrador do Banco Nacional Ultramarino desde 27 de Maio de 1999. Presidente do Conselho de Administração da SOGRUPO – Serviços Administrativos, ACE desde Janeiro de 1999. Administrador da Caixa Geral de Depósitos desde Julho de 1998. Director Geral do Barclays Bank – Lisboa, de Outubro de 1989 a Junho de 1997. Presidente do Banco Fonsecas & Burnay de Junho de 1986 a Setembro de 1989. Presidente da SIBS _ Sociedade Gestora da Rede Multibanco desde a sua constituição até Junho de 1986. Secretário de Estado da Administração Escolar de Julho de 1976 a Junho de 1978.
Principais Áreas de Responsabilidade: Identidade e Representação. Direcção de Planeamento, Controlo e Desenvolvimento. Gabinete de Auditoria Geral. Gabinete de Qualidade e Segurança. Secretariado Corporativo. Gabinete Financeiro. Direcção de Concessões.

Vice-Presidente: Eduardo José Coelho Andrade Gomes


Data de Nascimento: 17 de Maio de 1965
Habilitações académicas: Licenciatura em Engenharia Civil pela FEUP em 1988. Curso de Gestão da EGE da Universidade Católica do Porto em 2005/2006.
Actividade profissional: Assessor do Conselho de Administração da RAVE – Rede Ferroviária de Alta Velocidade, S.A. (2007). Presidente da Comissão Executiva da empresa Irmãos Cavaco, S.A. (2003/2006) e membro do Conselho de Administração (2006), após vários cargos de direcção nas áreas comercial e de produção da mesma empresa (1990/2002). Fez igualmente parte do Conselho de Administração das empresas Sociedade de Desenvolvimento e Exploração da Marina da Barra e Ecoambiente, S.A.. Foi docente da F.E.U.P. entre 1988/1990.
Principais Áreas de Responsabilidade: Direcção de Conservação e Manutenção. Direcção de Projectos. Gabinete de Ambiente. Centros Operacionais do Norte, Grande Porto, Centro Norte e Centro Sul. Delegações Regionais dos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Viseu e Vila Real.


Até quando seremos capazes de conter a nossa revolta e indignação? Se as nossas Instituições (Câmara Municipal e Juntas de Freguesia) não conseguiram até hoje os resultados que todos nós pretendemos, talvez esteja a chegar a hora da comunidade civil agir.

O pior que pode acontecer a uma sociedade é alguém pensar que a outros compete, em exclusivo, a resolução de um problema que lhes é comum.

domingo, 20 de junho de 2010

Os Limites da Paciência

Se há coisas que me incomodam é o facto de pensar que poderá haver alguém a querer “gozar” comigo sem o meu conhecimento e autorização. Quando tal acontece, numa primeira fase, começo a ficar nervoso, ao que se segue uma segunda fase que denomino de “resposta ao acto” que mais não passa pelo meu envolvimento nesse “gozo”.

“Isto de um só gozar há muito que acabou: ou gozam os dois ou não há gozo para ninguém!”

Tudo isto vem a propósito dos semáforos instalados na EN2 – Cruzamento Sardoal/Valhascos continuarem desligados vai para duas semanas. Depois de um longo período em que estiveram inoperacionais e durante o qual os políticos cá da nossa praça se “preocuparam mais em marcar uma posição política individual” em vez de se unirem na procura de uma solução definitiva para a resolução do problema, e quando, há cerca de um mês, parecia que esse problema se encontrava finalmente resolvido ao “fazer-se luz” de novo naqueles postes e pendurais metálicos, num ápice, tudo voltou ao “normal”. Uma chuva (?) e/ou uma trovoada (?) voltaram a pôr “aquelas coisas” de novo às escuras há duas semanas.

Não é preciso possuirmos grandes conhecimentos na matéria para percebermos que aquele cruzamento, tal qual se encontra e sem controlo dos fluxos de tráfego que a ele acedem, é uma armadilha mortal. De todas as combinações a mais perigosa é aquela que envolve os fluxos de tráfego com sentido Vila de Rei/Abrantes em combinação com o sentido Valhascos/Sardoal.

Experimentem atravessar a EN2 no sentido Valhascos/Zona Industrial – Sardoal/Bombas de Combustível da Galp! Quem quer que circule neste sentido é obrigado a fazer sempre o STOP à entrada do cruzamento. Entre o olhar para a esquerda e para a direita e o “arrancar” de novo, a armadilha vem pela direita. Quem vem pela direita (sentido Vila de Rei/Abrantes) a descer e em recta, sentindo-se dono absoluto da estrada, atravessa o cruzamento a uma velocidade superior à necessária para imobilizar a sua viatura em tempo útil para não colidir com quem, eventualmente, se atravesse na sua frente. A conjugação desta variável com a que resulta do facto de quem se encontra parado à entrada do cruzamento não possuir uma ampla visão do troço que se apresenta pela sua direita faz com que seja elevada a probabilidade de um acidente ali ocorrer.

Se as “cartinhas” enviadas ao Senhor Ministro das Obras Públicas e ao Senhor Primeiro-ministro resultaram em nada (aqui entre nós… será que elas não se perderam nas mãos dos “exércitos de assessores” que estes Senhores possuem? E mesmo que, por acaso, lhes tenham ido parar às mãos, com tantas “crateras” que têm de tapar, será que este buraco que apenas conhecem pelas “cartinhas” lhes conseguem tirar o sono?) outro meio terá de ser encontrado. Tal qual o cruzamento presentemente se apresenta é que não pode continuar.

É pensando em tudo isto que começo a pensar que alguém anda a gozar com os utilizadores daquele troço rodoviário e anda a gozar com os Sardoalenses. Por possuir esta dupla condição, sou obrigado a pensar que anda a gozar comigo. Aí pára!

A paciência tem limites e acho que está a chegar a hora da indignação. Se os nossos governantes locais não conseguem, por si só, com o recurso a “cartinhas”, “faxezinhos” e “telefonemazinhos”, resolver o problema, talvez esteja a chegar a hora dos utentes daquele troço agirem, antes que a fatalidade lhes bata à porta. Se os nossos governantes gostam de se fazer de surdos e só ouvem quando o “ruído” já se torna insuportável e não o conseguem ignorar, façamos-lhes essa vontade.

Um bom dia para manifestarmos a nossa indignação até poderia ser um domingo à tarde quando centenas (ou mesmo milhares) de viaturas atravessam aquele cruzamento a caminho da A23. Tal como nós, os ocupantes dessas viaturas também poderão ser potenciais vítimas da irresponsabilidade de alguém. Sem recurso a cortes de estrada (que não defendo e repudio veementemente) poderíamos dar azo à nossa imaginação promovendo acções de informação a quem ali passa para os perigos que incorre e, quando no local, porque não, pegarmos em enxadas e arrancarmos a vegetação que ladeia os separadores do cruzamento (será que ninguém é chamado à responsabilidade pela existência do mato que por ali cresceu e que nunca foi cortado? É simplesmente vergonhoso!).

Começo a sentir um formigueiro a invadir-me o corpo. É mau sinal! É sinal que a tal segunda fase de resposta ao acto que descrevia no início deste texto deve de estar a chegar.

O pior que pode acontecer a uma sociedade é alguém pensar que a outros compete, em exclusivo, a resolução de um problema que lhes é comum.


(Nota: Observem atentamente as fotografias que tirei ontem de manhã.)

(Acesso ao cruzamento no sentido Sardoal-Zona Industrial/Valhascos)


(Acesso ao cruzamento no sentido Abrantes-Vila de Rei)


(Acesso ao cruzamento no sentido Zona Industrial/Valhascos - Sardoal


(Acesso ao cruzamento no sentido Vila de Rei-Abrantes)(mais longe)

(Acesso ao cruzamento no sentido Vila de Rei-Abrantes)(mais perto)

domingo, 13 de junho de 2010

O Jogo dos Canarinhos

De acordo com uma notícia veiculada pelo “O Mirante”, os “Canarinhos” sediados no Sardoal vão ser localizados em Almeirim. Para o efeito, a Câmara Municipal de Almeirim já aprovou a cedência de uma parcela de terreno à Autoridade Nacional de Protecção Civil para que esta ali proceda à construção das instalações necessárias para o efeito.

Sobre este assunto, depois de ter lido o que Luís Gonçalves escreveu no seu “Sardoal com Memória” (gostei) e a notícia publicada no “O Mirante” sobre a surpresa (?) que esta notícia provocou no Presidente da Câmara Municipal do Sardoal, entendi escrever, também, alguma coisa sobre o tema.

Como, para mim, todo este processo dos “Canarinhos” não passou de um jogo político, convido-os a acompanharem-me nos meus pensamentos, cujo fim era previsível e que no “Três bicas” cheguei a abordar, ainda que de uma forma ligeira.

“O Jogo dos Canarinhos”

1ª PARTE (O início do Jogo?)

Acta da Reunião Ordinária do Executivo Municipal realizada em 18 de Junho de 2008.

14. AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
PROTOCOLO

Pela Autoridade Nacional de Protecção Civil foi enviado o Protocolo, devidamente assinado e homologado por Sua Ex.ª o Secretário de Estado da Protecção Civil em cerimónia realizada no dia 12 de Junho, em Sardoal, tendo em vista a cedência de instalações da Antiga Escola Primária em Andreus e periodicamente, sempre que necessário o edifício do ex Centro de Saúde de Sardoal, para sediar uma base de apoio permanente para o Grupo da 1ª Companhia da Força Especial de Bombeiros (FEB), afecto ao Distrito de Santarém composta por quarenta elementos.
Devido à vastidão do documento, não sendo transcrito, vai constituir o anexo número sete, barra dois mil e oito, que vai ficar arquivado na pasta de documentos anexos à presente acta, com o número doze barra dois mil e oito, e que se dá aqui como integralmente transcrito.
A Câmara Municipal analisou o assunto e deliberou, por unanimidade, aprovar o Protocolo.

Entretanto os Senhores Vereadores Fernando Morais e Pedro Duque apresentaram declaração de voto, que a seguir se transcreve:

DECLARAÇÃO DE VOTO
Os Vereadores Fernando Morais e Pedro Duque diante do Projecto de Protocolo estabelecido entre o Município do Sardoal e a Autoridade Nacional de Protecção Civil, assinado no passado dia 12 de Junho, têm a declarar o seguinte:
Refere o Ponto 2 da Cláusula Primeira “ … O Primeiro Outorgante (Município do Sardoal) realizará, até ao próximo mês de Outubro, obras no edifício da antiga Escola de Andreus de forma a corresponder às exigências de operacionalidade e habitabilidade de uma base permanente para os 40 elementos que constituem o Grupo da FEB (Força Especial de Bombeiros)”

Refere a Cláusula Segunda “… A cedência das instalações referidas na cláusula anterior destina-se à execução de todas as actividades que o Segundo Outorgante (Autoridade Nacional de Protecção Civil) entenda realizar naquele espaço, tais como a sua utilização para a formação distrital de bombeiros, o estacionamento e base de apoio permanente do grupo do distrito de Santarém da 1ª Companhia da FEB ou de outros meios materiais ou humanos que o Segundo Outorgante entenda por conveniente localizar nas mesmas.”

Refere o Ponto 2 da Cláusula Terceira “… Qualquer um dos Outorgantes poderá fazer cessar o Presente Protocolo, a todo o tempo e sem necessidade de invocação de qualquer motivo ou justificação, desde que a denúncia revista a forma escrita e seja efectuada com a antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias.”

Sabendo-se que as instalações da antiga Escola Primária de Andreus já apresentavam alguma degradação num passado recente, que dela deram conta os pais dos alunos que a frequentaram, chegando mesmo a exigir que a Autarquia arranjasse o telhado para que em dias de chuva os alunos no interior das salas de aulas não tivessem que partilhar aqueles espaços interiores com a água da chuva;

Sabendo-se que mesmo diante de tais solicitações o Município do Sardoal nada fez para corrigir tais deficiências, as quais por sua vez por acção directa do tempo se agravaram ainda mais desde então;

Conhecendo-se as profundas limitações financeiras em que a Autarquia se encontra mergulhada e serem escassas as disponibilidades financeiras que possui para acudir às solicitações que diariamente se vê confrontada;

Desconhecendo-se a disponibilidade da Direcção Nacional de Recursos de Protecção Civil em assumirem os encargos resultantes da reabilitação do imóvel e espaço envolvente às necessidades da Força Especial de Bombeiros;

Sabendo-se que o Projecto de Protocolo não garante a permanência da Força Especial de Bombeiros no Município, para além de um espaço temporal de 120 dias, ainda que informalmente a vontade da Autoridade Nacional de Protecção Civil seja que a mesma permaneça em Andreus por um período francamente superior;

Os Vereadores Fernando Morais e Pedro Duque tomando por base unicamente os possíveis custos que poderão ser assumidos pela Autarquia na adaptabilidade de todo o espaço da antiga escola e em resposta às exigências da Autoridade Nacional de Protecção Civil, manifestam algumas reservas quanto às vantagens e desvantagens que este Projecto de Protocolo poderá trazer ao Município do Sardoal. No entanto, acreditando que na boa fé de todos os intervenientes directos neste Projecto de Protocolo está subjacente o princípio de que os interesses do Município do Sardoal se encontram devidamente salvaguardados, concedem o benefício da dúvida e votam favoravelmente o Projecto de Protocolo”.


2ª PARTE (As “virtudes (?)” do Jogo)

Excerto de uma intervenção feita pelo actual Vereador da Câmara Municipal de Sardoal, eleito pela lista do PS, Dr. Fernando Vasco, no dia 25 de Setembro de 2008, enquanto Deputado Municipal e durante a Reunião Ordinária da Assembleia Municipal de Sardoal:

----------Demonstrámos e continuaremos a demonstrar a nossa diferença em relação à política deste executivo municipal do PSD. Discordámos quando entendemos “que lá vem mais do mesmo”, e infelizmente foi a maior parte das vezes, concordámos quando as propostas apresentadas tinham o mínimo de credibilidade, partilhamos mesmo, projectos que defendemos, e que consideramos vitais para o desenvolvimento do Futuro do Sardoal, como seja a decisão da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) de sediar no Concelho de Sardoal a Base Permanente Distrital da Força especial de Bombeiros “Os Canarinhos” constituída por 37 homens e 3 mulheres, cujos vencimentos são pagos integralmente pela ANPC. A ANPC passará, desta forma, a ser o 2º maior empregar do Concelho.----

(Nota: Atente-se na afirmação segundo o qual, a Força Especial de Bombeiros, vulgo “Os Canarinhos”, representa um projecto vital para o desenvolvimento do Futuro do Sardoal. Eloquente!!!)

3ª PARTE (O desenrolar do Jogo)

Ao longo de todo este tempo têm sido várias as intervenções dos Vereadores e Deputados Municipais eleitos nas listas do PS relativamente ao atraso das obras que a Câmara Municipal de Sardoal tarda em realizar no Edifício da Escola de Andreus.

As dificuldades de tesouraria e a indisponibilidade da ANPC de financiar as obras não têm deixado outra saída ao Presidente da Câmara se não “empatar”. O processo da execução das obras arrasta-se ou porque se aguardam esclarecimentos adicionais por parte da ANPC ou porque se está a desenvolver o projecto ou…

Enquanto uns pretendiam que a obra se realizasse custasse o que custasse à Autarquia Sardoalense (era necessária uma bandeira para o processo eleitoral Autárquico! Porque será que o protocolo exigia que a Câmara realizasse as obras até Outubro de 2008?), outros pretendiam o devido financiamento para a realização da obra (alheios, ou talvez não, à bandeira que outros pretendiam agitar).

E assim vai terminar um jogo cujas regras foram viciadas (?) à partida.


PORQUÊ?

1º Será que o local definitivo para a instalação desta Força de Canarinhos nunca foi o Concelho de Sardoal e a sua “passagem” por este Concelho apenas fazia parte de uma estratégia associada a uma eleição autárquica à Presidência da Câmara Municipal? Que tem de especial o edifício da ex-Escola Primária de Andreus? Estrategicamente não é uma mais valia e quanto a instalações… (Os que não a conhecem, convido-os a fazerem-lhe uma visita e responderem à seguinte pergunta: Quanto custaria ao Município Sardoalense transformar aquela escola em Quartel das FEB, composto de 37 homens e 3mulheres? Perante toda a sua envolvente, poderia afirmar-se que qualquer que fosse o investimento realizado pela Autarquia haveria garantias que o quartel das FEB ali ficaria por muitos anos?)

2º Porque será que a Declaração de Voto proferida pelos Vereadores da oposição no decurso da reunião do Executivo Municipal em 18 de Junho de 2008, que aprovou o Protocolo entre a ANPC e a Câmara Municipal do Sardoal, criou algum desconforto a “alguém” uma vez que a esses Vereadores apenas estava “reservado” o papel de aprovarem tal protocolo sem levantarem quaisquer “ondas”?

3º Porque será que o Candidato (na altura ainda não oficial) à Presidência da Câmara Municipal do Sardoal pelas listas do PS, e ora Vereador, em 25 de Setembro de 2008 (na altura Deputado Municipal e Assessor do Secretário de Estado da Protecção Civil) considerava ser vital para o desenvolvimento do Futuro do Concelho do Sardoal a decisão da Autoridade Nacional de Protecção Civil em instalar uma Força Especial de Bombeiros neste Concelho? Vital para quem?

4º E se tudo isto não passou de um jogo político onde, desde a primeira hora, interesses pessoais poderão se ter sobreposto aos interesses do Concelho do Sardoal, será que alguém que teve um papel central em todo este processo não deverá assumir as devidas responsabilidades caso se confirme a deslocação dos Canarinhos para Almeirim e a existência de fundos próprios para a construção das suas instalações, mas noutro Concelho que não o Sardoal?

Não fico insensível ao facto de ver partir os “Canarinhos”, independentemente de saber que no dia que o Concelho do Sardoal necessitar da sua ajuda (Deus queira que nunca seja precisa) eles estarão presente. Já quanto ao facto de alguém poder lamentar que isso representará o encerramento do 2º maior empregador do Concelho, a minha insensibilidade é total. Não existe um só elemento que faz parte do actual Corpo dos Canarinhos sediados no Concelho do Sardoal, que aqui resida, ou que aqui pague os seus impostos, ou que aqui vote ou que aqui tenha quaisquer interesses pessoais que não os inerentes à estrutura profissional a que se encontra ligado.

Se alguém merece crédito pela forma como, até ao momento, soube gerir todo este processo, esse alguém é o Presidente da Câmara Municipal de Sardoal. Bem haja por tal.

Porque será que o Protocolo previa a sua denúncia por qualquer das partes sem direito a qualquer indemnização com uma antecedência mínima de 120 dias? A quem servia esta cláusula? Ao Concelho do Sardoal, único investidor no processo não seria certamente.

Quem fez o fato desenhou-o à sua medida!

domingo, 6 de junho de 2010

A Ver a Banda Passar

Porque a Crise incomoda o Povo e há que o calar, nada melhor para quem governa que se criem distracções. Foi o Benfica campeão… Foi a visita do Papa… Vai ser o Mundial… Vai ser…? Tudo serve para desviar o olhar do Rei que vai nu. Quando as distracções escasseiam, a tarefa recai sobre a corte do Rei que tudo faz para corresponder aos caprichos e ordens do Chefe na hora de se elogiar a eloquência das suas vestes.

O encontro entre o P.M. de Portugal e o autor e compositor de uma célebre música da minha infância que começava por: “Estava à toa na vida…” é mais um dos exemplos de como tudo serve para elogiar as vestes do Rei. Ontem foi o Luis Figo, hoje Chico Buarque de Hollanda e ámanhã? Quem será?

Com a devida vénia passo a transcrever uma notícia do “O Público”, sobre o encontro de ambos no Rio de Janeiro, na passada semana:

"Não foi Chico que quis conhecer Sócrates, foi Sócrates que quis conhecer Chico

Afinal a história está mal contada. Não foi Chico Buarque que quis conhecer o primeiro-ministro durante a sua viagem ao Brasil, como foi divulgado pela imprensa portuguesa. Foi José Sócrates que pediu esse encontro.

Foi o vosso ministro quem pediu o encontro. Aliás, nem faria muito sentido eu pedir um encontro e o primeiro-ministro vir ter à minha casa", disse o músico e escritor brasileiro ao PÚBLICO, através de correio electrónico. Chico Buarque ficou indignado ao saber que a imprensa nacional estava a contar uma versão bastante diferente.

O que tem sido noticiado é que Chico Buarque pediu ao presidente brasileiro Lula da Silva para servir de intermediário para ele se encontrar com o primeiro-ministro, já que o músico "queria conhecer pessoalmente o governante português". Lula teria falado logo com Sócrates e este "de imediato" aceitara o convite. Segundo o gabinete do primeiro-ministro, José Sócrates teria mesmo alterado o seu programa da visita no Rio de Janeiro para estar com o músico.

O que aconteceu é que Chico Buarque recebeu o pedido do encontro através do gabinete de Lula da Silva. Disseram-lhe que o primeiro-ministro português o queria conhecer. Ele respondeu que receberia Sócrates em sua casa com gosto. O governante foi então a casa do escritor e músico brasileiro, acompanhado por um ministro do governo de Lula da Silva e por um fotógrafo. Nada mais do que isto."
(O Público)

Quantas vezes teria o fotógrafo repetido o já célebre: "Olha o passarinho!"

Já cansa tanto disparate!

...

NÃO HÁ UMA SEM DUAS

José Sócrates, enquanto P.M., garantiu na passada 6ª feira na Assembleia da República que não haverá aumento dos impostos até 2012.

Porque será que diante desta promessa todos os Portugueses se riram, para logo de seguida começarem a chorar?


...

6 DE JUNHO DE 2007. FAZ HOJE 3 ANOS!!!



Passo a transcrever um excerto da Acta nº 12/2007 que trata uma Reunião Ordinária do Executivo da Câmara Municipal de Sardoal, realizada em 6 de Junho de 2007, na qual tive assento enquanto Vereador. O assunto em questão prende-se com uma proposta por mim apresentada, no Período de Antes da Ordem dos Trabalhos, para que se corrigisse uma sinalização vertical junto à Pastelaria Dias e no cruzamento entre a Rua Bívar Salgado e a Avenida Luís de Camões, em Sardoal:

“… Fui informado por um Munícipe que o sinal de Stop localizado na Rua Bívar Salgado e á entrada para a Avenida Luís de Camões, pela sua localização, a meio de uma passadeira para peões, já originou que alguns automobilistas tenham sido autuados pelas forças de segurança.
Embora seja um ponto de passagem obrigatório para a maioria dos automobilistas que circulem no Sardoal, incluindo eu próprio que ali passo diariamente, nunca me tinha apercebido da real dimensão que a conjugação do Sinal de Stop associado à passadeira de peões consegue provocar.
Em contacto com agentes das forças de segurança locais confirmei a autuação a alguns automobilistas, por terem desrespeitado as regras de trânsito, nomeadamente, ou por terem desrespeitado o sinal de Stop ou por o terem feito em cima da passadeira. Diante destas informações, desloquei-me ao local para avaliar não só da dimensão real do problema mas também da possibilidade do mesmo ser corrigido. Não sendo possível deslocar a passadeira para peões, qualquer que seja a opção de se colocar o sinal de Stop antes da passadeira ou substituí-lo por um sinal de aproximação de estrada com prioridade, implicará que haverá sempre lugar a situações de conflito que poderão continuar a gerar violações ao código da estrada, por mais cumpridores que todos possamos ser.
Assim, proponho a eliminação do Sinal de STOP à saída da Rua Bívar Salgado, dando a esta via prioridade sobre a Avenida Luís de Camões. Para o efeito propõe-se, ainda, que seja colocado um sinal vertical de aproximação de estrada com prioridade na Avenida Luís de Camões, de modo que os automobilistas que ali circulem possam saber que devem dar prioridade a todos os automobilistas provenientes da Rua Bívar Salgado.

O Senhor Vereador Luís Gonçalves disse não discordar da proposta apresentada pelo Senhor Vereador Fernando Morais, no entanto esta alteração tem que ser ligada ao Regulamento de Trânsito e ser pedida a autorização à Assembleia Municipal.
Para além disso disse haverem outras situações que conviria analisar, de modo a serem feitas as alterações necessárias.
Encontram-se nesta situação, o STOP em frente à Pastelaria do Américo, em Tapada da Torre, que poderia ser eliminado e substituído por um sinal de “aproximação de Estrada com
Prioridade”, e, ainda o STOP quando se entra na estrada que vem da Rotunda no sentido de Andreus, que poderia ser substituído por sinal idêntico.
Pelo Senhor Vereador Fernando Morais foi então referido que se são conhecidas situações que têm penalizado os Munícipes, como consequência directa das autuações a que têm sido sujeitos, porque se esperava para se corrigir os erros cujo único responsável é o próprio Município.
O assunto foi bastante discutido, tendo o Senhor Vereador Fernando Morais referido que se poderia pedir a colaboração das autoridades de segurança para proceder a estas alterações.
O Senhor Vereador Luís Gonçalves referiu que quando foi elaborado o Regulamento de Trânsito, ora em vigor, teve a intervenção de diversas Entidades do Concelho, das quais constava o Comandante da GNR…”

Vá lá! Faça-se qualquer coisinha para reparar este erro que já dura há tempo demais!

O que nos tem valido (?) é que as forças policiais locais (GNR) têm sido “simpáticas” para connosco. Até quando?