domingo, 26 de dezembro de 2010

2011

A poucos dias de atirarmos para a reciclagem o calendário do ano de 2010 e o substituirmos pelo ano de 2011 o sentimento que a todos nos invade não é o melhor.

Uma vez que a nossa “cegueira” não nos permite observar com nitidez o horizonte do futuro, os contornos que conseguimos perceber não nos descansam e inquietam-nos.

Não existe um só economista ou analista financeiro que, com bases sólidas e inquestionáveis, consiga contrariar a tese, segundo a qual, Portugal no ano de 2011 viverá uma recessão muito difícil de contornar. Nem mesmo o nosso Primeiro-ministro que tanto nos habituou a dizer-nos aquilo que gostaríamos de ouvir, porque a ânsia pela posse do poder assim o exigia (?), consegue agora disfarçar que estamos mergulhados numa crise económica profunda.

Se todo o problema tem uma solução, este problema também não foge à regra. Segundo o governo a solução já foi encontrada, já está a ser implementada e é uma questão de tempo a sua erradicação. Tudo se vai conseguir com a redução dos salários da função pública, com o aumento das exportações e mais algumas medidas pelo meio. Será?

Como é que nós poderemos acreditar que a solução para a qual estamos a ser lançados é certa, face à ambiguidade protagonizada pelos nossos governantes para quem a palavra austeridade muda de sentido consoante a oportunidade que melhor lhes convém? Alguém ouve os nossos governantes exigir que produzamos mais e melhor? Será que podemos olhar para os nossos governantes e sentirmos que eles são exemplos de vida para todos nós?

Será que estas dúvidas que todos carregamos não agravam a nossa já débil estrutura social e económica? Será que nelas não reside a nossa tendência para o parasitismo e consequente pensamento, segundo o qual, deverão ser os outros a resolver problemas que são exclusivamente nossos?

Diante destas dúvidas penso que a solução para sairmos do atoleiro para o qual fomos atirados passa obrigatoriamente por uma mudança de liderança a todos os níveis. Líderes que sejam capazes de nos falar verdade e que a todos nos conduzam por um só caminho (será justo que uns “circulem” em pavimento asfaltado e outros em terra batida, enlameada e esburacada?).

Embora “carregue” comigo todas estas dúvidas reconheço que tenho fortes esperanças que saberemos “dar a volta por cima”. Quando? Quando formos capazes de nos juntarmos. Enquanto cada um de nós pensar exclusivamente no seu próprio umbigo, jamais conseguiremos mudar o sentido das coisas. E a esperança é que, um dia, todos perceberemos que tudo na vida é efémero, até a nossa incapacidade de “gerirmos” os nossos próprios egoísmos. Será que esse dia não está já mais perto?

UM BOM ANO DE 2011 PARA TODOS!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Um Conto de Natal

Era uma vez…

Numa terra, outrora ocupada e governada por homens, era agora ocupada e governada por animais (a ganância dos homens havia-os erradicado da face da Terra e, na sua ausência, bastou aos animais aprenderem a comunicar entre si para que uma nova ordem se estabelecesse). Tal como George Orwell prevera, os porcos assumiram o poder.

Foi num dos muitos lugares dessa terra que esta história se desenrolou e que passo a contar…

O Sol ainda não raiara no horizonte e já o galo Alo, despertador oficial do Lugar, cumpria uma das suas múltiplas tarefas fazendo ecoar a sua voz bem alto, para que todos os animais acordassem. Indiferente ao entusiasmo dos demais animais da “capoeira”, a galinha Linha, ergueu-se, sacudiu as suas roupas e caminhou para o campo em busca de sustento para si e para a sua família.

Após algumas horas de muito rapinar no chão ressequido, eis que descobre alguns grãos de trigo.
- E se semeasse estes grãos de trigo? Será que cada grão não daria uma espiga? E se em cada espiga eu voltasse a semear um dos seus grãos e com os restantes grãos, depois de os transformar em farinha, eu não conseguiria fazer mais pães dos que consigo fazer com estes grãos que agora encontrei? E com o grão que voltar a semear será que não voltarei a ter outras espigas? – Pensou entusiasmada para com os seus “botões” a galinha Linha.
- Uma vez que o presente se encontra garantido e é o desconhecimento do futuro que assusta, vou semear estes grãos de trigo! – Decidiu a galinha Linha, enquanto pegava numa enxada e começava a “rasgar” a terra.

Já cavava havia algum tempo, quando recebeu uma visita inesperada.
- O que é que estás a fazer? -perguntaram curiosos o pato Ato e o coelho Elho.
- Estou a semear grãos de trigo, para fazer pão. Porque é que não me ajudam e, no fim, dividimos os pães pelos três? - Convidou a galinha Linha, para quem uma ajuda vinha a calhar uma vez que a tarefa a que se propusera era árdua.
- Eu? Não posso. Estou no fundo de desemprego e o governo pode-me cortar o subsídio! - Disse o pato Ato, virando o bico para o lado.
- Eu também não posso. Estou a receber o rendimento mínimo e o governo também me pode cortar o rendimento social de inserção! - Disse o coelho Elho, enquanto baixava as suas orelhas.
- Eu tenho uma ideia! E que tal dividirmos os grãos pelos três e utilizá-los para o nosso almoço de hoje? – Propôs entusiasmado o pato Ato enquanto salivava só de olhar para os grãos que a galinha Linha queria enterrar.
- Não estou interessada! – Respondeu de pronto a galinha Linha.
As visitas, diante daquele cenário de trabalho, depressa desapareceram e a galinha Linha lá continuou, sozinha, a “amaciar” a terra. Sem qualquer outra ajuda, a galinha Linha, durante longos dias, não fez outra coisa que não fosse cavar a terra e semear os grãos de trigo encontrados.

O tempo foi passando… os grãos de trigo germinaram… o trigo cresceu… as espigas brotaram… e os novos grãos “ameaçavam saltar”.

O campo estava dourado e era chegada a hora da colheita. A galinha Linha nem queria acreditar no trabalho que teria pela frente. Sozinha, seriam longos dias de árduo trabalho.
- Será que o pato Ato e o coelho Elho estariam agora disponíveis para a ajudar? – Pensou ela esperançada que aqueles, possivelmente já sem o apoio do governo dos porcos, necessitassem de procurar o seu próprio alimento. Depois de algum tempo, encontrou-os à sombra de uma árvore. Falavam da crise e de como alguns outros animais viviam.
- Olá! Será que vocês estão disponíveis para me virem ajudar a colher o trigo que semeei? Estou disposta a dar a cada um, um quarto dos grãos que colhermos. – Propôs a galinha Linha esperançada que a proposta tivesse agora algum acolhimento.
- Eu não posso. Continuo desempregado e o governo pode-me cortar o subsídio! - Respondeu o pato Ato, virando de novo o bico para o lado.
- Eu também não posso. Continuo a receber o rendimento mínimo e o governo também me pode cortar o rendimento social de inserção! – Respondeu, de seguida, o coelho Elho, à medida que abria a boca num longo bocejo.

Diante nova recusa e não lhe restando outra alternativa, durante longos dias, de Sol a Sol, a galinha Linha lá foi colhendo todos os grãos da sua sementeira.

Concluída a empreitada, sentindo-se cansada, pensando nas outras tarefas que ainda a aguardavam (transformar os grãos em farinha, amassar o pão, acender o forno e cozer o pão) a galinha Linha decidiu, uma vez mais, insistir junto do pato Ato e do coelho Elho.
- Não insistas! Eu não posso. O governo se me apanha a trabalhar corta-me o subsídio e ele faz-me muito jeito! – Respondeu de novo o pato Ato, agora revelando alguma aspereza, pelo incómodo que o renovado convite lhe provocava.
- Comigo, basta tanta insistência! Eu também não posso! Sem o rendimento de inserção social sou obrigado a ir à procura de um emprego e esta crise acabou com os empregos. Agora, só me oferecem trabalho! A vida está difícil! - Afirmou o coelho Elho, espreguiçando as suas longas patas traseiras.

Uma vez mais, sem qualquer outra saída, a galinha Linha voltou a meter mãos à obra. Foram dias a moer os grãos de trigo… Foram dias a amassar o pão… Foram dias à procura de lenha para acender o forno… Até que…

O grande dia chegara. Todo o lugar cheirava a pão cozido.
A galinha Linha estava orgulhosa do seu feito, à medida que ia tirando os pães do forno. Quando se prestava para retirar o último pão do forno, alguém lhe bateu à porta:
- Quem é? - Perguntou curiosa.
- Somos nós. O pato Ato e o coelho Elho!
- Que quereis? - Perguntou a galinha Linha curiosa.
- Cheira tão bem a pão cozido. Dá-nos um pão! -Responderem aqueles dois em uníssono.

Não acreditando no que ouvia, abriu a porta e “disparou”:
- Quando vos pedi ajuda para a sementeira… recusaram; quando vos pedi ajuda para a colheita… recusaram; quando voltei a pedir-vos ajuda para transformar os grãos de trigo em farinha, amassar o pão e reunir lenha para o forno… voltaram a recusar. Desculpem, mas não dou! – Disse zangada a galinha Linha à medida que lhes fechava a porta com violência.

Durante algum tempo, imperou o silêncio! De súbito, começaram-se a ouvir alguns gritos em frente à casa da galinha Linha.
- “Galinha fascista”! “A galinha é rica”! “A galinha que pague a crise”! “Temos direitos”! “Queremos pão”! – Eram algumas das expressões que se podiam ouvir no meio de toda a algazarra que se gerara diante da casa da galinha Linha.

Por entre as cortinas de uma das janelas, a galinha Linha viu como o pato Ato e o coelho Elho davam largas à sua revolta por ela lhes ter negado o pão. Encolhendo os ombros, decidiu ignorá-los e começou a guardar os pães acabados de coser. Tão bem que cheiravam!

Durante algum tempo os gritos de revolta prosseguiram, até que, um estranho silêncio se instalou no lugar. Alguém bateu à porta da galinha Linha.
- Quem é? - Perguntou a galinha Linha curiosa.
- É o senhor Porco Silva! - Alguém respondeu do lado de fora.
- O que deseja? - Voltou a perguntar a galinha Linha à medida que ia abrindo a porta.
- Represento o Governo dos Porcos e venho cobrar os impostos devidos! Quantos pães foram feitos? – Inquiriu o Porco Silva com toda a autoridade que o estatuto de Porco lhe conferia.
- Fiz doze pães! -Respondeu a galinha Linha, depois de pensar que havia guardado seis conjuntos de dois pães cada.
- Pelas minhas contas e avaliando o campo de trigo que tinha, você não fez doze pães, mas sim quinze. Assim vai ter que me entregar, agora, nove pães! - Ordenou o Porco Silva.
- Eu juro que fiz doze pães! Não fiz quinze! Por favor Senhor Porco Silva reconsidere e não me leve tantos pães! - Reclamou a galinha Linha.
- A sabedoria dos Porcos é inquestionável! Se eu digo que foram quinze pães é porque foram. Entregue-me os nove pães já! - Ordenou o Porco Silva levantando a voz.

Perante a sua impotência e com lágrimas nos olhos, a galinha Linha, lá foi buscar os pães exigidos. Quando se prestava para os entregar ao Porco Silva, ganhando alguma coragem, enchendo o peito de ar, perguntou:
- Será que eu posso saber qual o destino dos pães que agora lhe entrego?
- Claro! Três para o Governo da nossa Terra, três para o Governo do nosso Lugar e três para a Segurança Social. – Respondeu de pronto o Porco Silva.
- Não percebo. Explique-me melhor!
- Então… Dos três pães para o Governo da nossa Terra, um é para o nosso muito amado e querido líder supremo, o Senhor Porco José e dois são para os Leitões que o ajudam a governar a nossa Terra. Dos três pães para o Governo do nosso Lugar, um é para o Senhor Porco Presidente, um outro é para os Leitões que o ajudam a governar o nosso Lugar e o terceiro pão é para mim. Dos três pães para a Segurança Social, um é para o pato Ato, o outro é para o coelho Elho e o terceiro é para ser congelado para reforço do fundo de apoio à reforma dos Porcos! - Respondeu o Porco Silva à medida que se afastava da porta e ouvia as manifestações de contentamento dos manifestantes que até então esperavam pela conclusão da “operação de limpeza”.

Já quase sem forças, a galinha Linha fechou a porta. Sentando-se num pequeno banco e olhando para os três pães que lhe haviam sobrado e para uns grãos de trigo ainda por moer, deu por si a pensar:

- Será que vou moer o resto dos grãos de trigo que sobraram e transformá-los em farinha ou vou, de novo, semeá-los?

FIM
(É com esta indecisão da galinha Linha que termina esta minha história. Será que alguém é capaz de adivinhar sobre o que ela decidiu fazer com o resto dos grãos de trigo?)



FELIZ NATAL

Para todos os meus amigos que ao longo da minha vida me ajudaram a “caminhar” (Abrantes – Marromeu – Luabo – Dondo – “Lusalite do Dondo” – Beira – Abrantes – Cambridge – Kitchener – Waterloo – Abrantes – SARDOAL) e para todos aqueles que têm “visitado” o “ TRÊS BICAS”, gostaria de A TODOS, desejar um FELIZ NATAL onde não falte a SAÚDE, o AMOR DA FAMÍLIA, o BEM-ESTAR, a TOLERÂNCIA, o RESPEITO, o INCONFORMISMO Á ADVERSIDADE, a DEFESA DA VERDADE, o CULTO DA AMIZADE, o VALOR DA RESPONSABILIDADE e a DISPONIBILIDADE PARA A PARTILHA e que sejamos capazes de confiar estes dez anéis, de valor incalculável, nos Dedos das Mãos Sagradas de Jesus Cristo, nosso Deus e nosso PAI.

Uma vez que o “três bicas” tem recebido visitas dos mais diversos cantos deste Planeta aqui expresso em vinte línguas diferentes os meus votos de Boas Festas para todos os povos do Mundo.

Merry Christmas
Joyeux Noël
Feliz Navidad
Frohe Weihnachten und ein glückliches neues Jahr
Kung His Hsin Nien bing Chu Shen Tan
Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun
Pozdrevly ayu sprazdnikom Rozhdestva Khristova
Sung Tan Chuk Ha
Shinnen omedeto. Kurisumasu Omedeto
Mo'adim Lesimkha
I'D Miilad Said ous Sana Saida
Vesele Vanoce
Veseloho Vam Rizdva
Buon Natale
Kellemes Karacsonyi unnepeket
Colo sana wintom tiebeen
Prettig Kerstfeest
Glædelig Jul og godt nytår
God Jul og Godt Nyttår
Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun

domingo, 12 de dezembro de 2010

Momentos

Por muito que, em tese, queiramos ser diferentes dos outros, o milagre da vida demonstra-nos que somos todos iguais. Nascemos sem querer, sem escolher os pais, sem roupa e de memória vazia. Logo de seguida deram-nos um nome e nunca questionámos as primeiras lições que nos ensinaram. No fim, a “terra” chamar-nos-á da mesma forma, independentemente da nossa vontade. Entre estes extremos da vida, apenas podemos… VIVER.

Hoje não vou falar do meu País, do meu Concelho e dos actos de outros que, tal como eu, apenas vivem.

Hoje apenas quero voltar a fazer uma viagem no tempo e ao tempo que já vivi. Dessa viagem aqui deixo alguns momentos que me fazem acreditar que tem sido bom viver.

(1955)

(1955)

(1967)

(1971)

(1973)

(1976)

(21/10/1978)

(Julho/1983)

(Abril/1991)

(Maio/2009)

(Hoje)


Depois desta viagem apenas peço a Deus que daqui a um ano possa voltar a fazer a mesma viagem e continuar a acreditar que é bom viver, ter saúde, ter sonhos, ter amigos, amar e ser amado.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Ginástica

Está no nosso legado genético a capacidade invulgar que temos para, com o recurso à “ginástica”, contornarmos os obstáculos que se nos deparem, por mais invulgares e difíceis que sejam.

São vários os exemplos que aqui poderia trazer, desde a forma ardilosa que temos para contornar as leis (só assim se justifica que exista um advogado para cada 300 portugueses) até à forma expedita como somos capazes de, trabalhando para um mesmo patrão e fazendo o mesmo, “obrigá-lo” a triplicar o nosso vencimento (que o digam os médicos que apresentam licença sem vencimento, no hospital do Estado em que trabalham, por um prazo de 10 anos e fazem um contrato com outro hospital do mesmo Estado auferindo 3 vezes o salário anterior) passando por aqueles que pretendendo exercer a política, porque as suas limitações não lhes permitem realizar as ambições desmedidas que os assolam são capazes das mais estranhas “acrobacias”.

Há já algumas dezenas de anos que temos vindo a assistir a um conjunto tão vasto de números de ginástica especial que faz com que nos tornemos artistas circenses à força. E quando o público se torna "sabido" e se pretende que ele continue a pagar o bilhete que sustenta o artista só existe uma saída: inventar novos números.

Esta semana, uma vez mais, foi pródiga em números, de ginástica, protagonizados pelos nossos políticos. Escolho três artistas que querendo inventar novos números de ginástica não fizeram mais que borrar pinturas já borradas: José Sousa, Carlos César e Manuel Duarte.

Quanto ao José Sousa, esta semana ficámos a conhecer os segredos das suas cambalhotas quando o número trata o TGV Lisboa-Madrid.

Tão bem que ele os tem guardado e nos tem distraído com os seus “partneres” das finanças, obras públicas, transportes e comunicações! Não é que um tal de Zapatero, que também dá pelo nome de José, qual amigo da onça, vem revelar esse segredo? Eis um excerto da sua intervenção quando tentava "comprar", para Espanha e Portugal, o Mundial de 2018:
“…Espanha é o país da Europa com maior rede de TGV e vamos estar conectados com Portugal. Temos uma magnífica rede de estradas e ainda 50 aeroportos na Península Ibérica”

- Será que estes dois Josés só conversam sobre o Magalhães?
- Será que desde a XXI Cimeira Ibérica que se realizou em Évora, em Novembro de 2005, e que juntos acordaram a conclusão do TGV Lisboa-Madrid antes de 2015, nunca mais conversaram sobre as dificuldades económicas que poderiam condicionar a execução desse projecto?
- A propósito de conversas entre estes dois Josés, será que Zapatero explicou ao Sousa porque é que uma das medidas por si adoptada para contornar a crise que assola o seu País foi baixar os impostos das pequenas e médias empresas?

No que respeita ao Carlos César e ao Manuel Duarte bem tentaram saltar por cima do "cavalo com arções" (contenção na despesa pública com a redução do vencimento dos funcionários do Estado que auferem mais de 1.500 euros por mês), mas estatelaram-se ao comprido. Se o primeiro me surpreendeu porque não conhecia a sua filosofia Orwelliana (os porcos são todos iguais, mas uns são mais iguais que outros) já o segundo não me surpreendeu porque o homem na ânsia de querer ser Presidente da República estatela-se em todos os aparelhos que se lhe deparem, quer seja a mesa alemã, espaldares, paralelas simétricas ou outro. Quanto a este último há que lhe dar algum mérito porque, por muito duras que têm sido as quedas, é capaz de esconder a dor (“Será que o homem é de borracha?).

Voltando a estes dois artistas o número de ginástica que juntos protagonizaram esta semana nos Açores foi tão mal executado que até envergonhou, por certo, os membros da sua classe, lá para as bandas do Largo do Rato, quanto mais os outros!

Quando nos é pedido, e muito bem, que olhemos em frente, será que poderemos ficar indiferentes às acrobacias que os nossos governantes não se cansam de efectuar?

JÁ CANSA TANTA ESPERTEZA SALOIA!


CARA ou COROA?

Qualquer que seja o investimento que possamos defender só o tempo é capaz de clarificar se ele é bom ou mau.

Se existe investimento que o actual executivo da Autarquia Sardoalense apostou e ganhou, foi claramente a construção da Piscina Municipal Coberta e a capacidade para gerir o seu funcionamento até ao presente. Claramente? CARA!





O Executivo Camarário que detém os "louros" do sucesso do investimento na Construção da Piscina Coberta é o mesmo que agora se presta a investir num espaço para o dotar de condições diferentes daqueles que até então apresentava. O projecto que ao que tudo o indica poderá estar associado a um alargamento de uma via (com eventual criação de um parque de estacionamento para os moradores daquela área?), teve o seu início esta semana. Aos olhos de quem estudou mecânica dos solos, as primeiras movimentações de terras efectuadas são tão "estranhas" que, por mais que busque nos manuais de David F. McCarthy e Homero Pinto Caputo não consigo encontrar justificações para as minhas interrugações. Cara ou Coroa? Há que esperar que o tempo o esclareça.