Numa semana marcada pela chegada oficial dos técnicos do FMI; da confirmação da falta de dinheiro nos cofres do Estado que já parece comprometer o pagamento de salários nas Forças Armadas (para que servem hoje em dia?) e nas Forças de Segurança (que nunca nos faltem!); do arrastar de um governo em cacos liderado pelo maior cangalheiro da História de Portugal (ou muito me engano ou aquele eucalipto vai secar muita terra socialista); de um assomar tímido de alguns políticos (socialistas) que pese a vontade de quererem colaborar activamente na recuperação do País, têm medo (???) de afrontar uma “máquina hipnotizada” pelo poder de um só homem; da revelação de contradições do líder do maior partido da oposição (afinal, quando é que teve conhecimento do PEC 4?) e da desforra (a denúncia sobre a mensagem que os deputados do PSD receberam aquando do conhecimento público do PEC 4 pareciam virgens ofendidas!) de alguns “barões do PSD” por se verem arredados da lista de deputados proeminentes por vontade de um chefe que sempre se recusaram a ver como tal (segundo eles, melhor que eles não existe); das “piruetas” do Dr. Fernando Nobre para ser Presidente da Assembleia da República; etc.; etc… a confusão que me invade é tanta que prefiro hoje contar uma história em torno de uma nota de 500 €.
“Um dia, um fotógrafo alemão, parou diante de um grande Hotel, e pensou nas fantásticas fotografias que poderia tirar do seu último andar. Entusiasmado, entrou no Hotel e pediu para falar com o proprietário.
Na presença do proprietário, o fotógrafo explicou-lhe que gostaria de aceder ao último andar do Hotel para, dali, poder fazer uma reportagem fotográfica sobre a paisagem envolvente. Como pensava não gastar mais de duas horas na execução de tal tarefa julgava não ser necessário alugar um quarto para o efeito.
Uma vez que o quarto em questão era a suite principal do Hotel, o proprietário exigiu que o fotógrafo pagasse uma caução equivalente ao aluguer do quarto durante uma só noite. Se ao fim de duas horas ele deixasse o quarto, a caução ser-lhe-ia devolvida, caso contrário, a caução não seria devolvida e seria entendido que o fotógrafo alugava a suite por uma noite.
O fotógrafo concordou e abrindo a sua carteira, de lá tirou uma nota de 500 € que entregou ao proprietário do Hotel. Enquanto o fotógrafo subia o elevador, o proprietário do Hotel metia a nota no bolso e saía porta fora.
O dono do Hotel, que há muito devia 500 € ao fornecedor dos equipamentos de electrodomésticos, decidiu procurá-lo e pagar a dívida utilizando a nota do fotógrafo.
Com a nota de 500 € na sua posse o proprietário da loja dos equipamentos de electrodomésticos decidiu utilizá-la para pagar uma dívida que tinha na mercearia que por sinal tinha o mesmo valor, entregando-a, por sua vez, ao Merceeiro.
O Merceeiro que há muito também devia ao seu fornecedor habitual, pegou na nota de 500 € e liquidou a dívida pendente.
O Fornecedor olhando para a nota de 500 € que tinha na sua mão, pensou numa dívida que tinha naquele valor para com um empreiteiro que lhe havia arranjado o telhado do armazém. E assim, a nota de 500 € passou para o bolso do Empreiteiro.
Há muito que o empreiteiro esperava por aquele pagamento. Havia prometido à sua esposa que, quando recebesse aquela dívida iria transformar um sonho dela em realidade. Sempre que passavam junto de um certo hotel da cidade, ela dizia-lhe que um dia gostaria de passar com ele uma noite na suite principal do Hotel.
Se bem o pensou melhor o fez. O Empreiteiro dirigiu-se ao Hotel, procurou o seu proprietário e disse-lhe que queria alugar a suite principal do Hotel por uma só noite. A nota de 500 € uma vez mais passou para a posse do proprietário do Hotel.
À medida que o Empreiteiro saía do Hotel todo contente para dar a boa nova à sua esposa, eis que o fotógrafo saía, também, pela porta do elevador, todo sorridente, uma vez que o tempo que havia dispendido na reportagem fotográfica dava-lhe o direito de receber de volta a nota de 500 € que havia pago enquanto caução.
E é assim que, ao fim de duas horas aquela nota voltou para o bolso de onde partira e depois de, sozinha, se ter envolvido na eliminação de algumas dívidas cujo valor total acumulado era algumas vezes superior ao seu próprio valor.
(Quantas histórias reais, parecidas com esta que agora conto, não se passarão no nosso triste Portugal?)
Uma Dica: Se cada português consumir, anualmente, 100€ de produtos nacionais (em vez de importados), a economia cresce acima de todas as estimativas e ainda cria postos de trabalho em Portugal! Porque não dar preferência aos produtos nacionais? OS CÓDIGOS DE BARRAS DOS PRODUTOS PORTUGUESES COMEÇAM POR 560.
CARA ou COROA
Há muito que nada escrevo sobre o meu Concelho. Imperativos de ordem profissional e temporal não me têm permitido acompanhar de mais perto o que de mais relevante tem acontecido pelas minhas paragens.
Em vésperas da Semana Santa nota-se alguma azáfama (pintura) em torno das fachadas de algumas capelas que irão acolher, no seu interior, a visita de muitos curiosos em conhecerem os quadros de pétalas de flores que ali serão criadas por mãos de sardoalenses anónimos (mas conhecidos). Pena é que só se reze a Santa Bárbara quando troveja. Contudo… CARA!
Quanto ao mais tudo parece estar na mesma:
- Tudo o indica, a Viagem dos Estudantes ao estrangeiro vai-se realizar, uma vez mais, durante o próximo mês de Julho e num ano marcado por um profundo problema financeiro das contas públicas do País e por uma recessão que a todos “magoa”. Se dos cofres da Autarquia Sardoalense não sair qualquer verba para este fim: CARA! Se por outro lado, houver necessidade de sair dos cofres da Autarquia (isto é, do bolso de todos nós, Munícipes) alguma verba para compensar o diferencial entre os subsídios e os donativos recebidos e o custo real dessa Viagem, por muito pouco que seja: COROA!
O mês de Março já passou e o mês de Abril está quase a acabar e quanto às obras na Barragem da Lapa, nem vê-las (na acta nº 4/2010 da Assembleia Municipal realizada em 29 de Setembro de 2010, “… se tudo correr como equacionado tudo aponta para que em Março ou Abril do próximo ano se proceda ao início da obra... (Presidente da Câmara Municipal))”. A Barragem, pese o facto de ter sido inaugurada há 8 anos (!!!) (dia 7 de Dezembro de 2002), custa a acreditar, mas é verdade, ainda hoje não foi entregue definitivamente pelo consórcio construtor, já foi “atirada” para as mãos das Águas do Centro, os problemas técnicos que revela são os mesmos de sempre e as reuniões e contactos parecem dar em nada. Será que as obras de reabilitação alguma vez virão a ser realizadas? COROA!
Sobre as Instalações da antiga Sarplás que a Câmara, há alguns meses, manifestou vontade de adquirir, silêncio absoluto. Em 21 de Novembro de 2010, no Cara ou Coroa do “Três Bicas” propus um plano financeiro para reabilitar aquele espaço de modo a que o mesmo possa voltar a gerar riqueza (custa-me vê-las transformadas em oficina da Autarquia ou palco de festas. Quanto a oficinas, a pergunta que se coloca seria oficinas de quê. Quanto a palco de festas, os que existem já chegam. A alegria das festas só se conquista se tivermos a barriga cheia e, por isso, não podemos ser só cigarras. Acima de tudo temos de ser formigas!). COROA!
O Concelho do Sardoal e o País têm uma coisa em comum: Quem não consegue ser governo é incapaz de ajudar quem governa, ao mesmo tempo que se rege pela cartilha do “contra!”. Quando a matéria versa a componente financeira até sou capaz de aceitar que não haja possibilidade de se apresentar propostas alternativas (quem governa tudo faz para esconder tal matéria e quanto mais dizem que as contas são transparentes mais mentem), mas que diabo, e o resto? Para quê dizer-se que não se concorda quando não se é capaz de formular qualquer alternativa? COROA!
E por hoje me fico, porque desconheço o ponto em que se encontra o processo da falta de médicos no Concelho; o processo de revisão do PDM; a correcção do contrato com a Águas do Centro; a renovação do pavimento das ruas do centro Histórico, etc. Quero acreditar que nesta paleta imensa de problemas por resolver, alguns, se não a maioria, serão resolvidos muito em breve (ou já estarão resolvidos e aqui apresento as minhas desculpas por o desconhecer), independentemente do garrote financeiro que o Governo nos irá impor por decisão superior do FMI e que irá tornar muito mais difícil o que já era difícil.
Eu acredito que, TODOS JUNTOS, saberemos dar a volta por cima!
domingo, 17 de abril de 2011
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