A melhor forma de alguém poder cativar para si um
“favor eterno”, por parte de outrem, é esse alguém “arranjar” a esse outrem um
posto de trabalho. Quanto menor a “concorrência”, melhor o efeito prático. E
assim, nada como eliminar ou reduzir essa concorrência e “empanturrando” a
Câmara Municipal de funcionários que independente da mais-valia profissional de
que sejam portadores, o mais importante, é o número de votos que podem ser
capitalizados no futuro á sua custa.
“- Mas o Concelho não tem empresas?”
“- Claro que tem! Até tem uma Zona Industrial.”
Que tal uma visita à Zona Industrial do Sardoal?
Iniciem a “viagem” de Nascente para Poente. Quando chegarem ao fim da estrada (que ainda se encontra em terra batida) contornem todo o bloco da zona Poente pela esquerda, subam a estrada que se desenvolve ao longo das traseiras dos lotes e entrem de novo na via principal. Aconselho que a viagem se faça a pé (não vá o mau estado da estrada que ainda se encontra em terra batida provocar algum estrago num carro) e na companhia de alguém que conheça a quem pertencem as instalações ou os terrenos ainda por lá existentes, o que fazem e quantos postos de trabalho possuem. Se às surpreendentes respostas que vão obter juntarem o facto de que nos últimos 20 anos nada mais ter sido ali feito a não ser criticar-se permanentemente a sua concepção e os seus autores, ao mesmo tempo que se continuaram a vender os lotes por 1 escudo (1/2 cêntimo de Euro) o metro quadrado e sem garantias que o empresário cumprisse e cumpra as contrapartidas exigidas no que concerne à obrigatoriedade de criarem um determinado número mínimo de postos de trabalho constantes de um contrato que subscreveram (e que o Regulamento assim os obrigam) e sem que fosse dado um só passo na correcção do que se apregoava estar errado (e que eu em certa medida não deixo também de subscrever). Passados 20 anos talvez se estime, no máximo, em cerca de 10% o número de postos de trabalho activos na Zona Industrial quando comparados com os números inicialmente previstos.
Iniciem a “viagem” de Nascente para Poente. Quando chegarem ao fim da estrada (que ainda se encontra em terra batida) contornem todo o bloco da zona Poente pela esquerda, subam a estrada que se desenvolve ao longo das traseiras dos lotes e entrem de novo na via principal. Aconselho que a viagem se faça a pé (não vá o mau estado da estrada que ainda se encontra em terra batida provocar algum estrago num carro) e na companhia de alguém que conheça a quem pertencem as instalações ou os terrenos ainda por lá existentes, o que fazem e quantos postos de trabalho possuem. Se às surpreendentes respostas que vão obter juntarem o facto de que nos últimos 20 anos nada mais ter sido ali feito a não ser criticar-se permanentemente a sua concepção e os seus autores, ao mesmo tempo que se continuaram a vender os lotes por 1 escudo (1/2 cêntimo de Euro) o metro quadrado e sem garantias que o empresário cumprisse e cumpra as contrapartidas exigidas no que concerne à obrigatoriedade de criarem um determinado número mínimo de postos de trabalho constantes de um contrato que subscreveram (e que o Regulamento assim os obrigam) e sem que fosse dado um só passo na correcção do que se apregoava estar errado (e que eu em certa medida não deixo também de subscrever). Passados 20 anos talvez se estime, no máximo, em cerca de 10% o número de postos de trabalho activos na Zona Industrial quando comparados com os números inicialmente previstos.
"- Então e quanto às restantes empresas no Concelho?"
Exceptuando as duas maiores (Câmara Municipal e Santa
Casa de Misericórdia) no Concelho do Sardoal existem alguns serviços públicos
(finanças, conservatória e segurança social), agências bancárias (3 por
enquanto), “meia dúzia” de mercearia tradicionais, uns cafés e uma “boa dúzia”
de pequenas empresas com menos de 10 trabalhadores e onde a constante
predominante é serem até menos de 5 trabalhadores e a desenvolverem uma
actividade de serviços e... pouco mais.
Para que se perceba, ainda melhor, qual o valor do
tecido empresarial do Concelho convido que após a viagem á “denominada” Zona
Industrial do Sardoal o passeio continue pelas Freguesia de Valhascos,
Alcaravela, Santiago de Montalegre e Sardoal e questionem as pessoas que encontrarem sobre quais as empresas que se encontram instaladas nessas
Freguesias e quantos postos de trabalho aí existem. Para o fim da viagem
reservem a Vila e sede do Concelho e se puderem falem com os empresários que
encontrarem e peçam-lhes para que eles vos descrevam o tecido empresarial em
que se encontram inseridos.
Depois da viagem realizada é fácil perceber a dimensão do poder
do presidente de um Concelho como o Sardoal diante de alguém que necessitando
de trabalhar e sem empresas onde possa “bater à porta” a única opção que lhe
resta é… a Câmara Municipal. Conseguido o posto de trabalho na CMS a
dívida desse alguém para com o seu “padrinho” torna-se eterna.
(No Próximo artigo: “ O sistema de informações e a
punição dos “desalinhados” )
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