Quando muitos já contávamos os dias para a chegada à Portela dos senhores do FMI, eis que, em seu lugar, parece que chegarão outras individualidades lideradas pela “maquinista” da União Europeia, a Senhora Merkel. Será melhor? Será pior?
Por norma, quando se está de “calças nas mãos” temos a tendência inata de descurarmos alguns “pormenores” que nos rodeiam. A aflição do momento tem a particularidade de nos tornar insensíveis aos detalhes das “loiças”. Mesmo que esses pormenores revelem a idade da reforma para os 67 anos, que os limites do défice deverão estar fixados na nossa mui amada Constituição, que os salários terão de crescer abaixo da linha de inflação e que deverá haver uma harmonização fiscal na zona euro, não conseguem captar quaisquer sentimentos no aflito. Para quem vai faltando algum ar para respirar, tais “pormenores” representaram mais um balão de oxigénio para o nosso P.M. Até quando?
A nossa soberania continua a escapar-nos por entre os dedos quais grãos de areia soltos e há quem continue a clamar vitória! Vitória de quem?
Para além da crise financeira, o governo parece querer iniciar agora uma crise de política interna em torno da eventual redução do número de Deputados. O meu conterrâneo Jorge Lacão parece que ao emitir um pensamento (só seu?) em torno da possibilidade de se reduzir o número de Deputados da Assembleia da República para 180 viu desabar sobre si um tsunami socialista para o qual não deveria estar à espera.
Há quem defenda que são demais, mas também há quem defenda que não. O que eu penso, e que a grande maioria dos portugueses pensam, é que as eleições para a Assembleia da República são uma farsa e uma mentira. Em consciência, ninguém sabe a quem se dirige o seu voto e, há muito, que sou defensor dos círculos uninominais e que os eleitos deverão ter uma participação cívica activa junto dos seus eleitores. E os círculos até poderiam ser determinados em função dos Distritos, no qual os Eleitos deveriam possuir um Gabinete de Atendimento. Todos sabemos porque fogem os Partidos desta possibilidade (como o diabo da cruz), uma vez que está em causa a possibilidade de alguns seus “funcionários” poderem perder o seu gordo salário, pago pelo Estado, isto é, por todos nós.
Só num País como o nosso é que se exige que as crianças que mal acabem de nascer tenham logo número de contribuinte e que os 500 mil pensionistas do Estado passem a usar a Internet para efeitos de IRS. Perante o cenário de um País altamente tecnológico, porque espera o governo para que os processos eleitorais, quaisquer que eles sejam, possam ser efectuados pela Internet? Do mesmo modo que qualquer contribuinte possui uma senha para acesso ao seu portal, porque não utilizar essa “ferramenta”? As eleições poderiam realizar-se a um qualquer dia da semana (porque não numa 6ª Feira?) e perante a obrigatoriedade do acto acredito que a abstenção seria mínima, já para não falar dos enormes recursos financeiros que se poupariam. Pois é!... Lá voltávamos nós aos salários dos funcionários dos Partidos. Não interessa! É melhor reduzir-se o número de Freguesias e de Municípios? (Quando é que acordamos?)
Se o problema são os gastos excessivos da Máquina Estado concordo com Passos Coelho quando ele defende que empresas públicas com prejuízos crónicos devem de fechar as portas. Algumas delas até se dão ao "luxo" de ignorar as recomendações do Ministério das Finanças quanto à necessidade de reduzirem em 15% as suas despesas. Segundo a imprensa, das 93, parece que apenas 16 apresentaram um Plano de Contenção de Custos. Palavras para quê! Outros que apertem o cinto?...
Cara ou Coroa (?)
Está a decorrer a 1ª Mostra da Cozinha Fervida e dos Vinhos do Sardoal, com a participação dos quatro restaurantes e dos dois produtores de vinhos existentes no Concelho do Sardoal.
A aposta quer-me parecer boa, que mais não seja pelo factor económico que poderá promover junto das entidades envolvidas. Num Concelho onde são escassas as iniciativas do género… CARA!
domingo, 6 de fevereiro de 2011
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