sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os velhos para a cadeia, já!

Acabo de ler na Internet a seguinte notícia:

“… O provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, está preocupado com os maus-tratos a idosos em estabelecimentos tutelados pelo Estado ou pela Segurança Social, pelo que a sua acção terá de passar por uma "interpelação" a essas instituições.
"Preocupa-me quando os maus-tratos acontecem em estabelecimentos que estão tuteladas pelo Estado ou através da Segurança Social. Para estes casos temos um remédio, que é a nossa acção de interferência e de interpelação junto dessas entidades públicas para saber exactamente o que se está a passar", referiu Alfredo José de Sousa.
Quando os maus-tratos acontecem no seio da família, a acção do provedor da Justiça é bastante limitada, podendo, apenas, recomendar à Segurança Social "que vigie" ou "se tiver relevância criminal, participe às autoridades policiais" o caso…
(in “Correio da Manhã” de 15 de Julho de 2011).


Nem a propósito, esta semana, o meu “velho” amigo Quim M., enviou-me, por e:mail, um texto de um autor desconhecido, que não hesito em aqui transcrever.


VAMOS COLOCAR OS NOSSOS IDOSOS NAS CADEIAS E FECHAR OS DELINQUENTES E CRIMINOSOS NAS CASAS DOS VELHOS

Desta maneira, os idosos:

- Teriam todos os dias acesso a um duche, lazer, passeios.
- Não teriam necessidade de fazer comida, fazer compras, lavar a loiça, arrumar a casa, lavar roupa etc.
- Teriam medicamentos e assistência médica regular e gratuita.
- Estariam permanentemente acompanhados.
- Teriam refeições quentes, e a horas.
- Não teriam que pagar renda pelo seu alojamento.
- Teriam direito a vigilância permanente por vídeo, pelo que receberiam assistência imediata em caso de acidente ou emergência. E sem pagar um tuste.
- As suas camas seriam mudadas duas vezes por semana, e a roupa lavada e passada com regularidade.
- Um guarda visitá-los-ia a cada 20 minutos e levar-lhes-ia a correspondência directamente em mão.
- Teriam um local para receberem a família ou outras visitas.
- Teriam acesso a uma biblioteca, sala de exercícios e terapia física/ espiritual.
- Seriam encorajados a arranjar terapias ocupacionais adequadas, com formador instalações e equipamento gratuitos.
- Ser-lhes-ia fornecido gratuitamente roupa e produtos de higiene pessoal.
- Teriam assistência jurídica gratuita.
- Viveriam numa habitação privada e segura, com um pátio para convívio e exercícios.
- Acesso a leitura, computador, televisão, rádio e chamadas telefónicas na rede fixa.
- Teriam um secretariado de apoio, e ainda Psicólogos, Assistentes-Sociais, Políticos,
Televisões, Amnistia Internacional, etc., disponíveis para escutarem as suas queixas.
- O secretariado e os guardas seriam obrigados a respeitar um rigoroso código de conduta, sob pena de serem duramente penalizados.
- Ser-lhes-iam reconhecidos todos os direitos humanos internacionalmente convencionados e subscritos por Portugal.


Por outro lado, nas casas dos idosos, os delinquentes e os criminosos:

- Viveriam com €200 numa pequena habitação com obras feitas há mais de 50 anos.
- Teriam que confeccionar a sua comida e comê-la muitas vezes fria e fora de horas.
- Teriam que tratar da sua roupa.
- Viveriam sós e sem vigilância.
- Esquecer-se-iam de comer e de tomar os medicamentos e não teriam ninguém que os ajudasse.
- De vez em quando seriam vigarizados, assaltados ou até violados.
- Se morressem, poderiam ficar anos, até alguém os encontrar.
- As instituições e os políticos não lhes ligariam qualquer importância.
- Morreriam após anos à espera de uma consulta médica ou de uma operação cirúrgica.
- Não teriam ninguém a quem se queixar.
- Tomariam um banho de 15 em 15 dias, sujeitando-se a não haver água quente ou a caírem na banheira velha.
- Passariam frio no Inverno porque a pensão de €200 não chegaria para o aquecimento.
- O entretenimento diário consistiria em ver telenovelas e o Goucha na televisão.


Digam lá se desta forma não haveria mais justiça para todos, e os contribuintes agradeceriam? (Autor desconhecido)

Lendo este texto e sabendo que os tais velhos que preocupam o Provedor de Justiça têm como guarda os mesmos que são responsáveis pela guarda dos nossos presos, não deixa de ser revoltante a dualidade de critérios ante duas realidades tão distintas.

E ainda dizem que o crime não compensa!

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