terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A decisão

Desde que entendi no dia 13 de Outubro renunciar ao mandato de Vereador que, de uma forma pessoal ou anónima, tenho sido incentivado para reunir um grupo de Sardoalenses "desalinhados" das candidaturas que neste momento se perfilam para as próximas eleições autárquicas e avançar com uma candidatura independente aos Órgãos da Câmara e da Assembleia Municipal.

A todos fui respondendo (com excepção daqueles que o fizeram de uma forma anónima) que não era fácil responder a tais desafios e que necessitava em primeiro lugar de refletir sobre toda aquela que foi a minha prestação política nos últimos três anos ao serviço da minha comunidade.

E o tempo de reflexão terminou. A todos agradeço o entusiasmo e a confiança que em mim muitos depositaram, mas é chegada a hora de dizer: - NÃO OBRIGADO!

Se outros motivos não houvessem, existe um que pode clarificar a minha decisão: "Reconheço que sou demasiado transparente para o cargo pelo qual me candidatei nas Autárquicas de 2005".

A nossa sociedade, de uma forma geral, ainda não está habituada a ouvir tudo aquilo que deve de ouvir, mas sim tudo aquilo que gostaria de ouvir. Existem jogos de poder, difíceis de entender porque as regras não são estáticas. Mudam-se permanentemente para que a vitória recaia sempre para o mesmo lado. A verdade e a mentira, o certo e o errado, a responsabilidade e a irresponsabilidade, não são as faces da mesma moeda, mas tão juntas na mesma face da moeda.

É chegada a hora de abraçar a minha profissão de engenheiro em pleno.

Sabendo que os laços que me prendem a esta terra são fortes demais para poder colocar definitivamente uma pedra sobre todos os sonhos que para ela tive (e continuo a ter), julgo poder afirmar que continuarei disponível para colaborar no seu engrandecimento, mas indisponível para voltar a lutar contra "moínhos de vento".

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