domingo, 22 de maio de 2011

Contagem final

Já começou a contagem final para o dia em que voltaremos a desenhar uma cruz num pedaço de papel, desta vez elegendo quem queremos que governe o nosso País durante os próximos quatro anos.

Já perdi o conto as vezes que cumpri com este meu dever de cidadão, todavia, nunca como agora o meu objectivo não é escolher quem eu quero que se sente ao leme do meu País, mas sim quem eu quero que não volte a pegar nesse leme.
Tirando quem eu não quero que pegue no leme, apenas restam quatro candidatos. Uma vez que a rota do nosso barco já foi devidamente traçada por quem veio em nosso auxílio, quando já nos afundávamos,e existem dois destes quatros que pretendem levar-nos para outras águas revoltas e pouco profundas, que por certo nos trariam grandes males, restam dois.

José Sócrates lembra-me Muammar al-Gaddafi (Kadafi). O tempo no poder e a ambição desmedida de ambos forneceram-lhes “armas” que não hesitam usar quando o seu poder está em jogo. Desde a mentira até à encenação de como têm os seus povos consigo (quando já há muito perderam a sua confiança), passando por “eliminar” todos os seus possíveis adversários, tudo vale. Kadafi, quando o seu povo o abandonou e debandou dos quartéis, a alternativa foi usar os recursos financeiros do Estado Líbio e contratar mercenários estrangeiros para reforçar o seu exército e "eliminar" a “concorrência”. José Sócrates, para compensar o fraco entusiasmo público dos portugueses perante a sua pessoa, optou por contratar figurantes estrangeiros, que nem duas palavras são capazes de articular na língua de Camões, para poder passar a imagem de quão é querido pelo seu povo

“…Seguem José Sócrates para todo o lado, de norte a sul do País, em autocarros pagos pelo PS. Depois são usados para compor os comícios, agitar bandeiras, e puxar pelo partido, apesar de muitos deles não perceberem uma palavra de português e não poderem votar. Em troca têm refeições grátis.
Trata-se de imigrantes provenientes da Índia e Paquistão, trabalhadores nas lojas do Martim Moniz, Lisboa, e na construção civil. Estiveram com José Sócrates em Beja, Coimbra e no comício de ontem em Évora, onde deram nas vistas ao exibir os seus turbantes. Até à porta da RTP, no dia do debate com Passos Coelho, realizado na sexta-feira, estiveram de bandeiras em punho.
Além do transporte, conforme o CM verificou, o PS disponibiliza refeições e lanches. Deixaram os seus trabalhos para apoiar Sócrates, mas disseram ao CM que não são pagos por isso. "Não são pagos" garantiu também ontem fonte do PS, justificando que a presença dos imigrantes está inserida "na estrutura voluntária da campanha…"
(in Correio da Manhã de hoje)

O mais estranho no comportamento de JS é que dizendo-se paladino da democracia, em muitos aspectos era capaz de dar lições de como controlar uma notícia a alguns governantes do Estado Novo. O seu problema é que naquele tempo era mais fácil apanhar um coxo do que um mentiroso, porém, hoje, com a evolução da tecnologia, no que concerne ao acesso à informação, por mais coxo que seja o coxo, corre sempre mais que o mentiroso.

Basta sentarmo-nos diante de um simples computar ligado à Internet e em poucos minutos apanhamos o mentiroso. E a mentira existe para todos os gostos, desde a defender a comunicação social quando ela o elogia até atacá-la publicamente quando ela ousa criticá-la (que o digam Manuela Moura Guedes, Judite de Sousa, Maria Flor Pedroso e tantos outros), até a prometer que não aumentaria os Impostos aos portugueses num dia e no outro fazer exactamente o contrário, passando pela arrogância de alguém para quem o seu erro é sempre o resultado de causa alheia.

A “cassete” que permanentemente usa em todas as suas intervenções já nem consegue motivar os seus camaradas da causa socialista, quanto mais os outros. Desde que a Troika apurou o valor do empréstimo que deveria ser concedido a Portugal não se percebe como JS continua a defender que o empréstimo teve por base o PEC 4 e que caso ele tivesse sido viabilizado pelo PSD nunca seria necessária a entrada da Troika em Portugal. Se o PEC 4 poderia gerar 6 mil milhões de euros adicionais nos cofres do Estado, e o empréstimo que a troika apurou como sendo necessário a Portugal é de 13 (!!!) vezes aquele valor, é preciso ser-se muito mentecapto para se aceitar tal teoria saloia.

Na passada 2ª feira e durante o debate na SIC com Jerónimo de Sousa, José Sócrates confrontado pela jornalista sobre o facto do Governo ainda não ter disponibilizado o Memorando alcançado com a troika e em português, respondeu: "... Presumo que está disponível no site do Ministério das Finanças. esse documento é público. Eu acho que há uma tradução portuguesa, se a Clara de Sousa não o encontrou... Se não há devia haver..."

(Hoje, passados alguns dias após ter reconhecido que se tal documento não estava disponível deveria estar, voltei a procurar o memorando quer no Portal do Governo, quer no Portal do Ministério das Finanças e… nada. Nem a versão em inglês quanto mais em português. A desculpa invocada na passada 3ª feira era que tal publicação só poderia ser divulgada após a reunião dos Ministros das Finanças Europeus nesse dia. Para além deste documento também ainda não foi tornado público um segundo documento, "Memorandum of Economic and Financial Policies", com 12 páginas e onde é pormenorizada, por exemplo, a medida de redução da Taxa Social Única (TSU).)

E tudo isto porquê? Porque convém continuar a iludir os Portugueses. Só que, recordando a corrida entre o mentiroso e o coxo, é que hoje, tal como eu, são milhares os portugueses que já têm na sua posse o tal Memorando, quer em inglês, quer em português.

Por muito que a esmagadora maioria dos simpatizantes da causa socialista queira “descolar” José Sócrates do PS, o certo é que votar PS é votar José Sócrates. Mais do que votar no homem é legitimar tudo o que de mal ele foi capaz de fazer a todos nós. Como é possível que no segredo da câmara de voto haja ainda alguém,em consciência, e no próximo dia 5 de Junho, capaz de desenhar uma cruz no quadrado postado à frente da sigla do Partido Socialista?

Prefiro burro que me carregue do que cavalo que me derrube.


Cara ou Coroa

Porque julgo pertinente para os interesses do meu Concelho passo a transcrever dois pontos que constam do Memorando e que o Governo português deverá cumprir, seja qual for o Governante que saia das próximas legislativas, sob pena de poderem ficar condicionadas posteriores tranches do empréstimo (os 78.000 M€ virão aos "bochechos" e apenas se forem cumpridos os pressupostos definidos no memorando).

(Portugal: Memorando de entendimento sobre condicionalismos específicos de política económica. 3 de Maio de 2011, 13:40)


3.40 - Com a vista a melhorar a eficiência da administração local e racionalizar o uso de recursos, o governo submeterá ao parlamento um projecto lei até ao 4º trimestre de 2011 de forma a que cada Município tenha de apresentar o seu plano para reduzir as suas posições directivas e unidades administrativas em pelo menos 15% até ao fim de 2012 (2º trimestre de 2012). No que concerne às regiões, o governo irá promover as iniciativas (4º trimestre de 2012) de modo a que cada região apresente um plano para atingir os mesmos objectivos.

3.43 – Reorganizar a administração do governo local. Existem actualmente cerca de 308 Municípios e 4259 Freguesias. Em Julho de 2012, o governo irá desenvolver um plano de consolidação para reorganizar e reduzir significativamente o número de tais entidades. O governo irá implementar esse plano com base num acordo com os técnicos da CE (Comunidade Europeia) e do FMI (Fundo Monetário Internacional). Estas mudanças, que entrarão em vigor no início do próximo ciclo eleitoral local, irão melhorar o serviço, aumentar a eficiência e reduzir custos.


Se a estes dois pontos juntarmos os muitos outros que compõem o Memorando traçado pela Troika e aprovado (felizmente) pelo PS, PSD e CDS, é fácil perceber que serão enormes os constrangimentos financeiros a que todos iremos ficar sujeitos nestes próximos 3 anos.

Que os governantes do meu Concelho tenham visão e determinação na busca das melhores soluções para os problemas que nos serão colocados, para que no fim deste tempo possamos perceber que os conseguimos ultrapassar e, por isso, sejam merecedores da nossa admiração e agradecimento!

O tempo urge!

Quem vai à frente faz o pó. Quem vem atrás come o pó!

Cara ou Cara? Só pode ser CARA!

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