sexta-feira, 5 de junho de 2009

Eleições Europeias 2009

No próximo domingo, uma vez mais, somos convidados a exercer os direitos que a nossa Constituição nos confere elegendo os 22 portugueses que irão representar Portugal no Parlamento Europeu, durante os próximos 5 anos.

No meu último artigo referi que, segundo o meu pensamento, quatro dos cinco maiores partidos apresentavam bons candidatos. Mais referi na altura que o meu sentido de voto já estava traçado e que ele seria atribuído ao PSD.

Uma semana depois de ter proferido tal pensamento e de ter assistido a uma semana que de campanha eleitoral pouco teve e que de autênticas “peixeiradas” tudo teve, entendo rever o meu pensamento quanto aos tais quatro bons candidatos, mas manter o meu sentido de voto. Paulo Rangel, Miguel Portas e Nuno Melo “passaram” no meu exame. Quanto aos outros, pese o voluntarismo que alguns deles até chegaram a manifestar, “chumbaram” no meu teste.

Para alguém que tivesse chegado a Portugal durante esta semana e desconhecesse o objectivo da campanha eleitoral em curso, dificilmente perceberia que ela tratava a eleição dos 22 portugueses que irão representar o seu País, no Parlamente Europeu, durante os próximos 5 anos. De tudo se falou, menos do que se deveria ter falado.

Em vez de se traçarem ideias de como Portugal deveria defender os seus interesses na distribuição dos fundos comunitários para o período de 2014-2020, como se poderia ultrapassar o desemprego no espaço europeu ou como se poderia ultrapassar a profunda crise financeira que invadiu não só Portugal, mas também toda a Europa, defendeu-se o culto do “narcisismo”:
- “Vejam como bem pareço na fotografia!” (Diziam uns tentando cativar um voto numa qualquer esquina deste País.)
- “O Partido mais sério é o nosso!” (Diziam outros.)
-“Nós tentamos puxar o País para cima, enquanto outros o puxam para baixo!” (Diziam uns e outros.)

Até para quem duvidava que os Portugueses haviam perdido os seus “ovos” depois de 25 de Abril de 1974, eis que um “grito de guerra” vem desmentir tais cépticos. No peito dos descendentes de Viriato e Afonso Henriques volta a instalar-se o orgulho do que é ser-se Português. Em algumas reuniões partidárias os participantes vibram, quando diante do desafio do seu candidato sobre: “A EUROPA…”, respondem: “… É NOSSA!”. (- Onde é que eu já ouvi isto? Ah! Já me lembro. Andava eu na Escola Primária, só que em vez de “Europa” dizíamos “Angola”.)

Agora mais a sério:

– Alguém é capaz de me convencer sobre o real “poder” dos 22 eleitos sabendo-se que, para além deles, existirão mais 714(!!) eurodeputados no Parlamento Europeu dispostos a defenderem os interesses dos Países que os elegeram?

- Será que nós não somos um parente pobre em todo este sistema?

Se são muitas as dúvidas que tenho sobre a possível força negocial que os nossos eurodeputados poderão vir a ter na hora de defenderem os nossos interesses, não tenho quaisquer dúvidas que os candidatos não vêem a hora da campanha eleitoral terminar. (Na primeira semana ainda se ouviram algumas ideias. Nesta segunda semana, esgotadas as ideias, optaram por diminuir os seus adversários. Se mais tempo tivessem sobre que falariam? Sobre Europa não seria por certo).

- Que se baixe a cortina da campanha eleitoral!
- Que no próximo domingo cada um expresse livremente o seu voto!
- Que os eleitos sejam dignos da nossa confiança e coloquem os interesses Nacionais à frente dos interesses dos partidos (pelos quais foram eleitos) e dos interesses comunitários!


Quanto aos outros, aos não eleitos e nos quais eu me incluo, só resta lutarmos denodadamente para tirarmos o nosso Portugal do "atoleiro" onde se encontra mergulhado. Cada um dirá que não foi ele o responsável por tal destino, por isso outros que o tirem das areias movediças em que se debate.

- Será que não somos todos responsáveis?

- Será que todo aquele que não vota, que permanentemente culpa os partidos e os políticos, que se acolhem à sua sombra, de serem os únicos responsáveis pelo estado em que o nosso País se encontra e nada faz para mudar o curso da história, também não é responsável?

Que cada um contribua com o que de melhor tem e sabe para poder erguer Portugal e colocá-lo num patamar que a todos nos honre sem esperar que outros primeiro o façam!

(“Post Script um”: Não concluirei o meu artigo semanal sem que antes aborde ainda dois temas que julgo pertinentes: Patrícia Belém e o Mistério de uma Carta.

Assunto Um: Patrícia Belém

Pese a “nossa” Patrícia Belém não ter ganho a final do Concurso da TVI (porque será que durante o concurso não consegui validar um só voto a seu favor?) a sua prestação merece todos os nossos elogios. Portou-se como uma autêntica vencedora que o é. PARABENS PATRICIA!
No próximo domingo, voltará de novo a pisar o palco juntamente com outros 3 vencedores (que também o são) para mais um concurso cujo vencedor final será apurado com o recurso ao número de votos obtidos através de um número de telefone ou on-line através do site www.tvi.iol.pt.

Porque estamos em tempo de contenção, recomendo que votem na Patrícia através do site atrás indicado. Alguns números descritos por extenso são mais legíveis que outros, porém quando indicamos os números e recebemos a informação que o voto já conta, a satisfação é grande.

Continuemos a votar na Patrícia!!!

Assunto Dois: Mistérios de uma carta

Parece que uma carta aberta publicada num jornal da nossa região veio provocar um pequeno terramoto político cá para as nossas bandas. Tentei não dar importância ao facto, mas diante de alguns pedidos no sentido de não me remeter ao silêncio e emitir uma opinião sobre o assunto, aqui vai:

- SEM PALAVRAS!!!

E não tenho palavras porque não consigo encontrar uma resposta para a seguinte pergunta:

- O que poderá ter levado alguém a denunciar publicamente outro alguém com quem manteve uma cumplicidade durante 15 anos, suportando a sua decisão num deficiente relacionamento que se desenrolou durante os últimos 3 anos? Sabendo-se que em “jogo” estava o Presidente e o Vice-Presidente de uma Autarquia, como foi possível que durante todo aquele tempo, ninguém tenha percebido tamanho antagonismo, nem mesmo eu que fiz parte do Executivo Municipal durante o período do “confronto” (entre Novembro de 2005 e Outubro de 2008)? Será que as actas das reuniões do Executivo Municipal durante aquele período não revelam, que o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara Municipal do Sardoal se encontravam em sintonia perfeita com a esmagadora maioria dos assuntos tratados, incluindo os agora denunciados?

- Porque é que a denúncia tomou forma de uma carta aberta ao director de um Jornal Regional?

A estima que tenho pela pessoa em causa aconselha-me a não aprofundar ainda mais as minhas dúvidas, contudo não posso deixar de pensar que tudo isto poderia ser evitado, para bem dos intervenientes e para bem do Concelho que juraram defender no longínquo ano de 1993 e que de 4 em 4 anos juntos vinham renovando.

- SEM PALAVRAS!!!

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