domingo, 27 de dezembro de 2009

Próspero Ano Novo

Mais um ano prestes a terminar, para que outro lhe suceda.

Ao ano que agora termina, cada um de nós terá dele as recordações de como o mesmo influenciou positiva ou negativamente as suas vidas. Ao que está prestes a “nascer” é a esperança de tempos melhores que nos faz ansiar por ele.

Caso os 5 dias que faltam para o seu “fim” não sejam muito diferentes do que os que os precederam, recordarei o ano de 2009 como tendo sido o ano da conclusão do curso da minha filha. Outras coisas boas me aconteceram como tendo tido o privilégio de ter podido trabalhar, ter tido saúde e ter sido feliz entre as pessoas de quem gosto e que gostam de mim. Diante de tanta “fortuna”, alguns “pequenos percalços” menos bons que tive de viver já foram atirados para o poço do esquecimento. Deles apenas guardo a sua experiência.

O que me reservará o próximo ano?

Todos os anos, por esta altura, formulo sempre a mesma questão, porém não me recordo de uma só vez em que me tenha sentido tão angustiado como agora.

É cada vez mais nebuloso o futuro da minha comunidade e do meu País.

Os “sinais” que temos vindo a receber ano após ano, e em particular durante o ano que agora termina, são claros e inequívocos: aqueles que nós incumbimos de nos mostrarem o caminho que deveremos trilhar têm-nos conduzido para um precipício impossível de evitar. Esta “condução” é de tal forma brutal e ultrajante que nos enfeitiça quais cordeiros a caminho do matadouro. Todos o sabemos, incluindo eles próprios, e nada fazemos para evitar este “suicídio colectivo”:

- Eles são… alguns autarcas a governarem as suas Autarquias sem o mínimo de respeito pelos seus Munícipes, como se de coisa própria se tratasse, malbaratando verbas confiadas à sua guarda. Tudo serve para alimentar o seu poder, orgulho e vaidade pessoal.

- Eles são… os profissionais da política que nada sabendo fazer para “ganhar” a vida de outra forma, mesmo não recebendo a confiança dos eleitores (sabe-se lá porquê!) são “premiados” pelos seus “compadres” para nos governarem à mesma só que em lugares de nomeação.

- Eles são… os labirintos da justiça onde os ricos e poderosos se perdem, em contraste com os pobres onde ela faz por se revelar eficiente.

- Eles são… os nossos capitães que “anestesiados” para não voltarem a ter “tentações” vêem-se agora despojados da força que outrora possuíam.

- Eles são… os governantes da nossa Nação que mesmo sabendo estarem errados em algumas decisões que adoptam são capazes de faltar à verdade apenas e só para que o poder não lhes escape das mãos.

- Eles são… os políticos sem poder que à força de o quererem tudo fazem para não o merecerem.

- Eles são, (por fim)… todos nós, a quem já vai faltando forças para dizer basta, porque as que restam já mal chegam para nos defenderem das agruras que a vida nos concede, ao mesmo tempo que esperamos que alguém, por nós, pegue numa vassoura e "limpe a casa".


Neste cenário, o que poderei desejar para 2010?

Para além de saúde, paz, amor, dinheiro e sucesso profissional, que são da praxe, para o ano de 2010 eu já me satisfazia caso percebesse que o nosso caminho em direcção ao abismo já havia sido interrompido, mesmo sem que ainda não se tivesse iniciado o seu retrocesso.

- Que por vontade própria e imperativos de consciência todos os que se sintam a mais no processo governativo local ou nacional passem o testemunho a outros mais capazes;

- Que cessem as experiências dos aeroportos e dos TGV´s sem que se percebam muito bem as suas reais valias face aos nossos parcos recursos financeiros;

- Que a justiça corte, de uma vez por todas, o cordão umbilical que a liga ao poder político e que seja cega na hora de utilizar os pratos da sua balança;

- Que a responsabilidade não seja para os outros, mas para nós também;

- Por fim, que cessem os jogos de guerra do poder nos quais por vezes uns ganham enquanto que outros são sempre os mesmos a perder. NÓS.


PARA TODOS UM FELIZ ANO DE 2010


O MEU APLAUSO e A MINHA VAIA DA SEMANA vão para as Autarquias que nesta época, através dos seus sítios na Internet, enviaram, ou não, aos seus Munícipes, votos de Boas Festas. Após uma breve busca pelos Municípios que se localizam á nossa volta, pude verificar que se alguns foram capazes de lembrar esta época, outros nem uma só palavra escreveram sobre o assunto. De entre eles figura, infelizmente, o meu. Não só não o fez através daquele meio ou de qualquer outro que eu saiba (Porquê? Será que o ano passado não o fez? Não me recordo se o fez através do seu sítio da Internet, mas fê-lo através da distribuição do seu Boletim Municipal, uns dias antes do Natal. Nele pôde ler-se a mensagem de Boas Festas que o Presidente da Autarquia endereçava a todos os Sardoalenses? E este ano, porquê o silêncio?).

Em contraponto ao silêncio de muitos, julgo dever aplaudir o gesto promovido por outros que nesta época não se esqueceram dos Munícipes que os acabaram de eleger para um mandato de quatro anos (2009-2013). De uma forma simples, endereçaram votos de BOAS FESTAS.

Permitam-me que, por nesta época se terem lembrado dos seus Municípes endereçando-lhes votos de Boas Festas, destaque o Município de Constância de maioria CDU, o Município de Mação de maioria PSD e o Município de Ourém de maioria PS. (Como se pode constatar, uma vez mais, o problema na jaz na génese dos partidos, mas sim de quem dirige.)

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