terça-feira, 10 de agosto de 2010

Carregando as baterias









Para quem se habituou a semanalmente aqui escrever qualquer coisa, o facto de já se passarem mais de duas semanas sem nada escrever não deixa de ser estranho. Existem alturas em que nós temos a necessidade absoluta de quebrarmos as correntes dos nossos pensamentos e fugirmos deles durante algum tempo.

Ao longo da minha vida descobri que a melhor forma de carregar baterias é fugir do espaço comunitário onde vivo, fugir do ambiente do trabalho, fugir do círculo dos amigos de todos os dias e fugir dos meus pensamentos.

E foi o que fiz: FUGI!

Mudei-me para uma praia onde o barulho das ondas “anestesia” os meus pensamentos;

Refugiei-me num espaço comunitário diferente do meu onde diversas culturas coabitam e cada um contribui para o bem-estar do outro pela indiferença que o mesmo lhe promove;

Escondi-me das notícias que falavam da minha Terra, do meu País e do meu Mundo;

Alheei-me dos ritmos e problemas do dia a dia;

E…durante uns dias… apenas VIVI!

Resultado: BATERIAS CARREGADAS!

Agora de volta, o que observo?

- O P.M. e o P.G.R. ainda são os mesmos;

- A confirmação de que o Processo Freeport e o Processo de pedofilia da Casa Pia nunca existiram e apenas têm servido para alimentar a Comunicação Social;

- Portugal continua a duas velocidades: em primeira para quem governa (devagar mas seguro) e de marcha-atrás para quem é oposição;

- A prevenção dos fogos é brincadeira de gente grande e “inimputável”;

- O exército dos que criticam o desgoverno e a irresponsabilidade dos nossos políticos vai engrossando só que continua estéril, dado que aliada à força da sua razão jaz uma cobardia doentia que tudo faz para se esconder e passar despercebida na hora da sua afirmação (não vá o diabo tecê-las!);

- Uma justiça desnorteada, orientando uma sociedade perdida.

Mas também vejo que:

- No meio de tanta asneira ainda há quem resista ou faça um acto de contrição (Será que alguém de bom senso aceitaria o fim dos chumbos académicos? No meio deste atoleiro só faltava mais esta);

- Finalmente (!!!) quem recebe subsídios do Estado (desemprego e rendimento mínimo) deverá autorizar que as suas contas bancárias possam ser escrutinados pelos Serviços do Estado.

- E…no meu Concelho…os tais semáforos da minha revolta já funcionam. Há postes metálicos verticais atados com arame às placas de informação, mas… trabalham. Durante quanto tempo ninguém sabe, mas já vemos as luzes verdes, amarelas e vermelhas a ordenar o trânsito que aflui aos “cruzamentos da morte”. Neste País atado por arames, alguém esperaria melhor?


QUE TRISTEZA!!!

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