domingo, 23 de janeiro de 2011

O espectáculo!

Estamos a poucas horas de assistirmos ao baixar do pano de mais um espectáculo oferecido ao povo português.

Durante algumas semanas nunca tão poucos entretiveram tantos! Desde números de magia até à arte de bem dominar as feras, tudo valeu. Como em qualquer actividade circense nem os imprescindíveis palhaços ricos e palhaços pobres faltaram à chamada.

A previsibilidade do desfecho do espectáculo é de tal modo vincada que desde sempre se percebeu qual o artista que, por entre as aberturas da cortina, já corrida, virá, no fim, receber as palmas dos espectadores.

Na hora do aplauso já ninguém se lembrará do que fez… do que disse… do que prometeu para ser merecedor das palmas ou não estivessem em causa espectadores muito especiais possuidores de memória curta e para quem só o agora interessa, porque quanto ao depois… logo se vê!

Amanhã tudo voltará a ser igual ao que sempre foi, conquanto não seja pior.

Parabéns ao próximo Presidente da República Portuguesa e … seja o que Deus quiser!


Vem a propósito...

Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.


Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi Presidente da República Portuguesa.

Outros Senhores!... Outros tempos!...


Cara ou Coroa (?)

Durante esta semana e quando acedia ao site da Câmara Municipal do Sardoal, despertou-me interesse um anúncio publicitado na página inicial que tratava a participação do Vice-presidente da Autarquia (meu estimado amigo Miguel Borges) no programa “Portugal português”, emitido pela TVI24, no passado dia 9 de Janeiro. A curiosidade motivou-me e… acedi ao link.

Após ter assistido com muita atenção à repetição do programa, considero globalmente positivas as intervenções do Autarca, embora pontualmente me tenha interrogado sobre a razão de algumas delas e em particular aquelas que envolveram as respostas às perguntas formuladas por alguns munícipes. De entre elas destaco as que abordaram o revestimento das ruas da Zona Histórica da Vila de Sardoal e a fixação das pessoas no Concelho do Sardoal.

Perante o autêntico suplício que é andar-se a pé nas ruas da Zona Histórica do Sardoal (“maldito seixo rolado!”), foi por si referido que a Câmara Municipal do Sardoal já tem uma solução para aquele problema e o mesmo trata a colocação de um passadiço central. Encontrando-se o projecto concluído, para que o mesmo seja executado apenas se aguarda pela autorização do IGESPAR (com a qual têm decorrido algumas conversações).

Interrogação: Se nem todas as ruas da Zona Histórica se encontram inseridas nos espaços de protecção a imóveis classificados definidos no PDM do Sardoal (sobre os quais o IGESPAR tem “voz activa”), o que impede o Município de colocar tal “passadiço central” nas restantes ruas nas quais o IGESPAR “não é tido nem achado”?

Sobre o que é que a Autarquia estava a fazer pela dinamização do investimento no Sardoal e para que as pessoas se possam aqui fixar, foi por si referido que está em curso o processo de revisão do PDM do Sardoal, instrumento fundamental para o desenvolvimento económico do Concelho e que se espera estar concluído dentro de um ano.

Interrogação: O que é que o actual PDM em vigor contém que tanto tem penalizado o desenvolvimento económico do Sardoal e que o novo PDM virá corrigir?

Conhecendo o Plano Director Municipal (desde a sua entrada em vigor no longínquo ano de 1994) e as competências do IGESPAR, como conheço (por força da minha actividade profissional), julgo pertinente a formulação de tais interrogações. Cara ou Coroa?

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