sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Eleições (4)

Antes de virar a página das Eleições Legislativas de 2009, julgo pertinente fazer uma retrospectiva do que foi a “resposta” do Concelho do Sardoal.

Vamos a números:

Votantes = 2.624 votos (em 2005 = 2.780)
PSD = 990 votos (em 2005 = 913)
PS = 787 votos (em 2005 = 1.261)
CDS-PP = 309 votos (em 2005 = 198)
BE = 238 votos (em 2005 = 153)
PCP-PEV = 119 votos (em 2005 = 92)
Outros Partidos = 74 votos (em 2005 = 60)
Brancos = 59 votos (em 2005 = 68)
Nulos = 48 votos (em 2005 = 35)

Diante destes números são várias as conclusões a que podemos chegar:

1º Tal como no resto do País, os Sardoalenses também decidiram penalizar o Governo PS.

2º A vitória do PSD, contrariamente aos resultados nacionais, talvez tenha mais a ver com a influência de uma “nuvem eleitoral autárquica” que paira sobre o Concelho do Sardoal do que propriamente ao mérito do partido vencedor.

3º Conforme foi possível constatar, qualquer dos “blogues” locais do PSD e do PS, em momento algum apelaram ao voto nos seus partidos. Dizia eu no artigo anterior que, possivelmente, por detrás desse silêncio estivesse a vontade de não querem comprometer, na próxima campanha autárquica, alguns possíveis votos. “Quando um filho se envergonha do pai que tem, só lhe resta abandonar a casa.”

4º O povo que nestas coisas é soberano foi claro na sua decisão: O partido que merece governar é o Partido Socialista e que aos outros caberá a missão de exercer uma oposição responsável. Mas disse mais, “o Partido Socialista para exercer o seu poder deverá fazê-lo em diálogo com os outros. O tempo do monólogo terminou. A partir de agora, a conversa será a dois ou a três ou a quatro ou a cinco”. Assim… que governe!

Virando agora a página para as eleições autárquicas.

- O que é que eu posso dizer neste momento sobre as eleições em curso no meu Concelho? Muito pouco, quase nada.

1º Sobre as propostas do Partido Socialista já em devido tempo aqui exprimi a minha opinião. Propostas verdadeiramente estruturantes, sobre as quais possamos acreditar poderem relançar o Concelho de Sardoal para uma via diferente daquela que tem trilhado ao longo destes anos, não existem. Quando o Concelho se encontra em “ponto morto” e estas propostas são tidas como sendo o sustentáculo da mudança, não sei se tal mudança, em termos de caixa de velocidades é uma primeira ou uma marcha-atrás.

2º Esta semana tive a oportunidade de conhecer as propostas da CDU. São simpáticas mas, também, de estruturante nada têm. Existe um facto, contudo, que gostaria de sublinhar sobre esta candidatura: a sua candidata à Presidência da Câmara. Parece que é a mesma candidata de há quatro anos. Se não for, aqui expresso as minhas sinceras desculpas porque já não me recordo muito bem do seu rosto, embora o nome seja muito parecido com o da candidata de há quatro anos, com quem tive a oportunidade de participar num debate na Rádio Tágide aquando da campanha Autárquica de 2005 e com quem tive a oportunidade de conversar um pouco quando uma vez as nossas caravanas se cruzaram. Muito simpática, espírito vivo e atento. E se peço desculpa de poder incorrer no erro de não a reconhecer é porque, que me recordo, nunca vi a senhora nem durante as reuniões do Executivo Camarário (às quais faltei no último ano); nem durante as reuniões da Assembleia Municipal (que nunca faltei), ou em outros eventos. Será que tem noção da dureza do leme deste barco?

3º Quanto às propostas do Partido Social-democrata, nesta altura do campeonato, ainda não as conheço. Porque manda o bom senso que a sua apreciação só possa ser feita após o seu conhecimento, não emito qualquer opinião, reservando-me o direito de sobre elas me pronunciar após a sua publicação, ou no seu blogue (que até ao momento tem funcionado apenas como um autêntico album de fotografias) ou através de info-mail que ainda não recebi.

Até breve!!!

Post Script Um: Não termino sem que antes aborde dois assuntos distintos do tema principal deste artigo: A mensagem de Sua Excelência o Presidente da República e o artigo número 100 deste blogue.

Quanto à mensagem do nosso Presidente da República ainda hoje tenho dificuldade em perceber os limites da sua mensagem. Por outro lado não tenho dificuldade em perceber que se perspectivam ondas muito fortes que se irão esmagar em rochas pejadas de mexilhões, que somos todos nós. Para bem de todos nós, que tudo não tenha passado de uma tempestade tropical: Forte, mas passageira!

Relativamente ao artigo número 100 deste blogue, que agora termino, não imaginava há um ano e meio que tal número fosse atingido. As mais de 12.500 visitas que este “cantinho” teve durante este tempo, sem que eu, em circunstância alguma, tenha invadido o espaço dos outros, confere-me o direito de prosseguir este caminho que não é mais do que “atirar para aqui” os meus pensamentos que possa ter sobre os mais diversos assuntos. Todos nós mudamos, contudo, a nossa coerência não nos permite que tais mudanças sejam relevantes num espaço de tempo curto. Relendo alguns artigos que escrevi, talvez procedesse a algumas correcções mas na esmagadora maioria dos artigos voltaria a escrever o que escrevi. É bom ter tal percepção. E porque a chegada a este número mágico merece uma “prenda”, que não se recebe, mas que se oferece, ofereço-o à minha filha, que há uns dias atrás me comunicou que para ser Arquitecta apenas falta apresentar a defesa da tese de mestrado. PARABENS NEUZA!

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