sexta-feira, 3 de junho de 2011

O meu voto

Entendi antecipar o meu artigo de domingo para o dia de hoje, para que possa tentar convencer alguém, que ainda esteja hesitante sobre o que fazer do seu voto, a acompanhar-me na minha decisão em escolher Passos Coelho para Primeiro-Ministro de Portugal e, consequentemente, votar PSD.

Por mais argumentos que se possam defender, as próximas eleições servirão essencialmente para escolher aquele que queremos que nos governe. Com todo o respeito para os outros líderes dos Partidos concorrentes e para aqueles que defendem o voto branco do protesto, a escolha, para quem pretenda resultados práticos (e não é aquilo que verdadeiramente se procura nesta eleição?), recai apenas em duas personalidades: José Sócrates e Passos Coelho.

O meu actual estatuto de independente, associado ao facto de no passado me ter envolvido com os dois Partidos que suportam as candidaturas das citadas personalidades (pelo PSD, fui militante de base e director de uma candidatura autárquica e pelo PS, autarca independente) confere-me alguma lucidez na hora de eleger, de entre os dois, aquele que verdadeiramente merece o meu voto.

A primeira pergunta que, qualquer um de nós, poderá fazer, será:

- O que é que um tem que o outro não tem e merece por isso a nossa escolha?

As diferenças entre ambos são de tal modo acentuadas que a resposta é imediata: Passos Coelho. Ele representa a esperança em podermos voltar a adquirir a capacidade de sonhar que José Sócrates há muito nos tirou. Um povo sem sonhos é um povo que tende para a sua auto-destruição.

Não me iludo com o facto de após eleito, Passos Coelho venha a liderar um governo de um País onde nada falta e todos vivemos bem. Até custa pensar o que nos esperam os próximos anos, fruto de um acumular de erros e irresponsabilidades de alguém para quem a vaidade e a ambição desmedida pelo poder foram colocadas acima de tudo. E se alguém tinha dúvidas quanto às capacidades governativas de José Sócrates, a forma como foi capaz de nos tentar enganar durante estes últimos 6(!!!) anos, atirando-nos para a maior das misérias sociais de que há memória e o modo como foi capaz de gerir agora a sua campanha, prestando-se ao papel ridículo de “lavadeira particular” do seu principal adversário, essas dúvidas são, de imediato, desfeitas.

À primeira, todos caem (eu fui um daqueles incautos que caiu nas suas ladainhas ao ponto de lhe conferir o meu voto em 2005). À segunda, só cai quem quer (em 2009 já não caí). À terceira, só cai quem é burro ou quem quer continuar cego.

Para que o sonho que revelei no meu último artigo se concretize, é imperativo que José Sócrates tenha uma derrota humilhante (menos de 30%?) em contraponto à vitória retumbante do seu adversário directo (mais de 38%?). Só assim, o Partido Socialista poderá arranjar argumentos para “dispensar” tal figura, de uma vez para sempre e surgir de novo, aos olhos dos portugueses enquanto aquele Partido em quem se possa voltar a confiar com outros rostos dirigentes que não os actuais.

Um voto no PSD, mais do que punir a irresponsabilidade de José Sócrates e de um Partido que foi incapaz de suster os desvarios do seu líder, é legitimar alguém que dá mostras de saber o que fazer para governar Portugal no período mais cinzento da sua história recente. Eu acredito!

Eu voto Passos Coelho! Voto PSD!

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